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Desembargador aposentado cobra presidente da OAB após ser barrado pelo STF

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Desembargador aposentado cobra presidente da OAB após ser barrado pelo STF

Brasil – O desembargador aposentado e advogado Sebastião Coelho protagonizou um momento de tensão na manhã desta terça-feira (25) ao ser impedido de entrar na sala da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), onde ocorria o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas por uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Visivelmente indignado, Coelho questionou a decisão de impedi-lo de acompanhar o julgamento e cobrou uma postura do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti. “Estou sendo impedido de entrar, Doutor Beto Simonetti, advogado da OAB. Isso é uma vergonha o que está acontecendo contra a advocacia”, exclamou o desembargador aposentado.

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A situação se agravou quando Sebastião Coelho, ao chegar em frente ao plenário, gritou em protesto, interrompendo momentaneamente a leitura do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. Logo em seguida, seguranças do tribunal o retiraram do local e chegaram a detê-lo. Em nota, o STF informou que Coelho não teria realizado o credenciamento prévio necessário para advogados que desejam acompanhar sessões de julgamento.

Do lado de fora do prédio, Sebastião Coelho criticou o impedimento e afirmou que presenciou vários lugares vazios na sala da Primeira Turma. “Chegando à porta da Primeira Turma, não nos deixaram entrar. Vi vários lugares vazios dentro daquele plenário. Isso me causou grande revolta”, declarou o advogado.

Como alternativa, o advogado foi direcionado à sala da Segunda Turma, onde a sessão era transmitida por um projetor, mas recusou a opção e decidiu deixar o local. “Se for para assistir pelo telão, prefiro ver de casa, o que vou fazer agora. A denúncia é única. Não interessa que não me deixaram entrar”, ressaltou.

O advogado também prometeu acionar a OAB para relatar o ocorrido e cobrar providências quanto à proibição de sua entrada no julgamento. “A OAB tem que se manifestar sobre isso. É um desrespeito à advocacia”, afirmou.

O julgamento no STF

O Supremo Tribunal Federal iniciou nesta terça-feira (25) o julgamento que definirá se o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete denunciados se tornarão réus pelas acusações da PGR. O caso está sendo avaliado pela Primeira Turma, composta por cinco dos 11 ministros do tribunal. Se as denúncias forem aceitas, os investigados passarão a responder a uma ação penal, cujo desfecho poderá ser a condenação ou a absolvição.

De acordo com a acusação, Bolsonaro teria liderado uma suposta organização criminosa para promover atos contrários à ordem democrática. Segundo a PGR, o grupo atuou entre julho de 2021 e janeiro de 2023 e era composto por militares e outras figuras da estrutura do Estado.





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