Deputado reprova requerimento que propõe uma Sessão Plenária por semana durante pandemia da Covid-19
AMAZONAS – O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) se posicionou nesta terça-feira, 5, contrário ao requerimento assinado por 13 parlamentares da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) que reduz as Sessões Plenárias da Casa para apenas uma por semana durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O parlamentar classificou a matéria como afrontosa para a sociedade e que a medida diminui o poder fiscalizador do Legislativo nos atos do Governo.
Para Barreto, o requerimento é uma suposta manobra dos deputados que compõem a base do governo na Aleam para impedir uma fiscalização mais rigorosa nas ações do Executivo, especialmente ao surto da Covid-19 no Estado.
“Isso é absurdo, sou totalmente contra. Neste momento de pandemia, os deputados estão trabalhando nas suas próprias residências e ainda querer uma Sessão por semana é afrontoso. Para mim, é mais uma manobra dos ferrenhos defensores deste governo para diminuir os debates e uma fiscalização atuante. A Assembleia precisa manter a mesma pegada porque é o mínimo que a sociedade espera”, afirmou o Líder da Minoria na Aleam.
De acordo com o requerimento coletivo, os parlamentares sugerem que as reuniões virtuais aconteçam apenas na quarta-feira de cada semana e que os dias de terça e quinta-feira sejam destinados para reuniões das Comissões Técnicas da Assembleia. O grupo também indicou que o presidente da Casa, deputado estadual Josué Neto (PRTB), poderá convocar os 24 parlamentares, a qualquer momento, via aplicativo de mensagens WhatsApp, para discutir e deliberar matérias em regime de urgência.
O deputado defendeu, ainda, que a Assembleia mantenha a rotina tradicional dos trabalhos na Casa, com três Sessões Plenárias virtuais por semana e a suspensão de atividades presenciais, em virtude da pandemia Covid-19.
“Nós já temos as segundas e sextas-feiras para realizar as reuniões das Comissões da Casa. Assim como os órgãos de controle, a Assembleia precisa cumprir o seu papel de monitorar o Executivo, bater palma quanto é para reconhecer êxito, mas também ter a coragem de cobrar e fiscalizar”, finalizou o parlamentar.
