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Denúncia de escolas sem bebedouro e banheiros coloca prefeito de Manaquiri na mira do MPAM

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Amazonas – No âmbito do projeto “Sede de Aprender”, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) realizou inspeção ministerial na Escola Municipal Indígena Mikoi Pakup, localizada na aldeia Warana, zona rural de Manaquiri, e detectou diversos problemas estruturais na unidade de ensino.

Durante a visita, conduzida na quinta-feira (18/09), pelo promotor Caio Lúcio Fenelon Assis Barros, titular da comarca, a promotoria constatou precariedade estrutural e situações graves, como ausência de bebedouros e sistema de ventilação, o que inviabiliza o funcionamento da escola.

Na ocasião, um professor da unidade e a líder da aldeia receberam o promotor, relataram a realidade do estabelecimento de ensino e as dificuldades enfrentadas pelos alunos da comunidade.

O “Sede de Aprender” fiscaliza o acesso à água potável e condições de higiene e salubridade nas escolas do interior.

Na E.M Mikoi Pakup foi verificado que a estrutura de madeira da escola está deteriorada, com risco de desabamento, entre outros pontos de atenção:

* Ausência de bebedouro e banheiros;
* Ausência de armários para armazenamento de materiais escolares;
* Lousa completamente danificada e inutilizável;
* Cadeiras quebradas e em mau estado de conservação;
* Falta de sistema de ventilação.

Por conta da situação, os oito alunos da etnia Sateré-Mawé que frequentavam a unidade precisam se deslocar até uma escola de outra etnia, comprometendo o ensino da tradição cultural.

O promotor Caio Fenelon destacou que a situação exige intervenção e providências imediatas do poder público.

“Não se trata apenas de uma precariedade estrutural, mas de uma violação ao direito fundamental à educação e à preservação da identidade cultural desses alunos. O MPAM vai cobrar da prefeitura medidas emergenciais para que a escola seja reformada e volte a oferecer aulas com dignidade e segurança”, afirmou.

Diante do cenário, a Promotoria de Justiça de Manaquiri instaurará procedimento específico para acompanhar o caso e encaminhará ofício à prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), para que sejam adotadas providências em tutela de urgência, garantindo condições mínimas de salubridade e funcionamento da escola.





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