CPI ouve depoimento de representantes do Imazon e do Instituto de Pesquisas Ecológicas
Brasil – A CPI que investiga a atuação de ONGs na Amazônia ouvirá, nesta terça-feira (19), representantes de organizações que atuam na região. A diretora do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Ritaumaria Pereira, e a diretora do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Suzana Pádua, responderão às perguntas dos membros da CPI sobre a atuação dessas organizações, bem como sobre divergências relacionadas à prestação de contas ou outras irregularidades apontadas em documentos enviados à CPI. Os convites atendem ao pedido do presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB-AM). A reunião está marcada para às 10h no horário de Brasília, 9h da manhã em Manaus, no Anexo II, Ala Senador Nilo Coelho, Plenário nº 6, com transmissão pelo YouTube da TV Senado.
Sobre o IPÊ, o senador afirma que a organização, que tem sede na cidade de Nazaré Paulista, atuou como condutora do processo de criação de Unidades de Conservação no Baixo Rio Negro, inclusive como organizadora de outras ONGs na região. Motivos que o senador considera de grande interesse para “conhecer os trabalhos da entidade, em especial o que faz exatamente nessas áreas, operando com recursos, estabelecendo qual destinação desses recursos e autorizados por quem para participar e conduzir todo esse processo ao longo do tempo”, destacou Plínio Valério.
Já no caso do Imazon, o senador afirma que a ONG foi mencionada em diversos depoimentos e em documentações enviadas à CPI, “motivo pelo qual se caracteriza grande interesse por conhecer os trabalhos da entidade, considerada formalmente como OSCIP”, destacou o senador amazonense.
Essa é a segunda reunião da CPI com a participação de representantes de ONGs. Na semana passada, os senadores ouviram o depoimento de Virgílio Viana, superintendente da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que atua há 15 anos no Amazonas e já movimentou mais de R$ 400 milhões desde o início dos trabalhos, dos quais R$ 51 milhões do Fundo da Amazônia para duas fases do programa Bolsa Floresta. Só em 2022, a FAS gastou R$ 13 milhões no pagamento de 143 funcionários.