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Construção de quatro salas de aula por mais de R$ 500 mil em comunidade indígena causa espanto em Barreirinha

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Amazonas – Moradores do município de Barreirinha, no interior do Amazonas, estão levantando questionamentos sobre a contratação de uma empresa para a construção de uma escola municipal com apenas quatro salas, na comunidade indígena Fortaleza. O motivo da desconfiança está no valor do contrato: R$ 553.665,00.

A obra foi autorizada pela Prefeitura de Barreirinha por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SEMOSP), e prevê a execução do serviço em um prazo de 120 dias, a partir da emissão da ordem de serviço. Já a vigência contratual é de 180 dias*, contados a partir da assinatura do documento.

Apesar de parecer um avanço no acesso à educação na zona rural e indígena do município, o valor chamou a atenção da população.

Para muitos, investir mais de meio milhão de reais em uma estrutura com apenas quatro salas soa desproporcional, especialmente levando em consideração os padrões de custo na região e a carência de transparência nos detalhes técnicos da contratação.

A licitação teria sido feita com base em um Estudo Técnico Preliminar e Projeto Básico, mas esses documentos não foram amplamente divulgados para consulta pública, o que aumenta ainda mais as dúvidas e suspeitas sobre a destinação dos recursos.

“Queremos que a escola seja construída sim, mas com clareza e responsabilidade no uso do dinheiro público. Isso é quase o preço de uma escola de médio porte em área urbana”, comentou um morador da sede do município.

Outro ponto que levanta questionamentos é a falta de divulgação sobre a empresa contratada, sua experiência em obras em áreas indígenas e se há acompanhamento de órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) ou o Ministério Público.

Enquanto a obra não inicia e os detalhes seguem pouco esclarecidos, a população de Barreirinha continua atenta e cobrando mais transparência e fiscalização, principalmente quando se trata de recursos públicos destinados a comunidades vulneráveis.

A Prefeitura ainda não se manifestou oficialmente sobre as críticas, nem disponibilizou os documentos técnicos da licitação para consulta pública.

Veja documentos 





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