Bolsonaro tenta tirar Moraes do caso que pode complicar sua vida: STF decide nos próximos dias
Manaus – O Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta sexta-feira (6), a julgar um recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tenta afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito que apura uma suposta trama golpista. A defesa do ex-presidente afirma que Moraes não tem isenção para conduzir o caso, alegando que ele seria “parte interessada”.
A votação ocorre no plenário virtual do STF, onde os ministros têm até o dia 13 de dezembro para declarar seus votos. Enquanto o país acompanha o desenrolar do julgamento, a expectativa é de que a Corte mantenha Moraes como relator, o que pode complicar ainda mais a situação de Bolsonaro.
O que Bolsonaro quer com esse recurso?
A estratégia do ex-presidente é clara: retirar Alexandre de Moraes do comando de um dos inquéritos mais delicados que ele enfrenta. A investigação busca esclarecer se houve tentativa de golpe por parte de Bolsonaro e seus aliados nos tumultuados eventos de 2022, incluindo as manifestações antidemocráticas e ataques às instituições.
A defesa acredita que Moraes, por ser uma figura central no STF e em outras ações envolvendo o ex-presidente, não teria a neutralidade necessária para conduzir o caso. Para especialistas, no entanto, a tese tem poucas chances de prosperar, já que pedidos similares feitos anteriormente foram rejeitados pela Corte.
Votos já começaram a ser dados
O ministro Luís Roberto Barroso foi o primeiro a votar contra o pedido de Bolsonaro. Em seu voto, Barroso argumentou que não há provas de que Moraes tenha agido com parcialidade no caso, classificando as alegações da defesa como “infundadas”. Outros ministros, como Edson Fachin, Flávio Dino e Gilmar Mendes, seguiram a mesma linha, reforçando a possibilidade de uma decisão desfavorável ao ex-presidente.
Alexandre de Moraes, por ser o alvo do recurso, está impedido de votar. No entanto, ele permanece no centro das atenções, dado seu papel ativo em processos relacionados à defesa do Estado Democrático de Direito.
O que está em jogo?
O julgamento acontece em um momento de grande tensão política. Bolsonaro enfrenta uma série de investigações que podem inviabilizar seu retorno à política e até complicar sua situação jurídica. Caso Moraes permaneça como relator, é esperado que o inquérito avance, trazendo à tona detalhes que podem comprometer ainda mais a imagem do ex-presidente.
Por outro lado, a decisão do STF também é vista como um marco na reafirmação da independência das instituições brasileiras. O Supremo tem se mostrado firme no combate a atos que possam colocar em risco a democracia, o que inclui investigar lideranças políticas de alto escalão.
Curiosidade e tensão tomam conta do país
Enquanto o julgamento se desenrola, o clima de curiosidade e expectativa cresce entre os brasileiros. O que estará por trás desse movimento de Bolsonaro? Será que a estratégia de atacar a condução do inquérito vai funcionar?
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