Blogs sem credibilidade publicam fake news contra o CM7 Brasil e são desmascarados com decisão do STF
Manaus – Um episódio recente no cenário midiático amazonense expôs a total falta de credibilidade de alguns veículos de comunicação que, sob o pretexto de jornalismo, se alinharam a interesses políticos e aplaudiram uma tentativa de censura contra o Portal e TV CM7 Brasil. Os sites Imediato, Portal O Poder, Radar Amazônico, Revista Cenarium, Portal Dia a Dia, Blog do Botelho e Portal Rios de Notícias protagonizaram uma onda de desinformação ao noticiar, de forma precipitada e tendenciosa, que o CM7 seria banido da internet por suposta difusão de fake news. A narrativa, no entanto, foi desmontada por decisões históricas do Supremo Tribunal Federal (STF), que reverteram a censura e expuseram a parcialidade desses portais, jogando por terra qualquer resquício de imparcialidade que ainda pudessem aparentar.
Tudo começou quando um juiz plantonista da Comarca de Manaus determinou a retirada do ar do site CM7 Brasil e a suspensão de seus perfis nas redes sociais, atendendo a uma ação movida por um secretário do Amazonas.
Confira:
Na época, a Revista Cenarium, dirigida por Paula Litaiff, e que se diz jornalista, anunciou: “Justiça manda banir blog CM7 da internet por difusão reiterada de fake news”. No entanto, em nenhum momento Litaiff sequer chegou a buscar informações sobre o outro lado. Pior, o veículo de imprensa se fez de cínico, e negou citar qualquer contexto a menção de existência da operação “Tupinambarana Liberta” e dos agentes políticos envolvidos no escândalo, dizendo que o CM7 fez “acusações sem provas”, enquanto o CM7 apenas evidenciou de forma jornalística documentos públicos, imagens usadas nas investigações e fatos.
Já o Imediato e o Portal O Poder, ambos sob o controle de Álvaro Má Corado, seguiram a mesma linha, com as manchetes “Justiça determina retirada do blog CM7 do ar e suspensão de seus perfis nas redes sociais” e “Justiça determina retirada do ar de blog por difundir fake news reiteradas vezes”, respectivamente. Detalhe que Álvaro se diz um conservador e defensor da liberdade de imprensa, mas não apenas se mostrou a favor da censura, como a aplaudiu.
O Radar Amazônico, que é comandado pela blogueira Any Margareth, conhecida como “Boladona”, publicou: “Após série de fake news, Justiça do Amazonas determina que blog CM7 saia do ar”. Mesmo o Radar, que havia experimentado o gosto amargo de 5 dias de censura em suas páginas no período eleitoral, foi o primeiro veículo de comunicação a escarnecer, caluniar e comemorar quando o CM7 foi alvo de um tentativa de censura ainda mais grave.
O Portal Rios de Notícias, de propriedade de Maria do Carmo Seffair, que foi derrotada nas eleições municipais em 2024, também fez questão de publicar a mentira e atacar o CM7 Brasil. Maria queria descontar sua frustração de perder mais uma eleição em cima do portal que é referência no Amazonas.
Além dos blogs citados acima, uniram-se à esta milícia digital o Portal Dia a Dia, de Audrey Bezerra, e o Blog do Botelho, de Thiago Botelho. Ambos os blogs, que não possuem audiência, tentaram de má fé ranquear no Google usando o nome do CM7 Brasil.
Essas publicações, longe de serem reportagens imparciais, funcionaram como peças de propaganda disfarçadas de jornalismo, amplificando uma narrativa que se provaria infundada. Esses veículos de comunicação agiram como um “QG da desinformação”, abandonaram seus princípios éticos e buscaram exterminar um veículo de comunicação que emprega jornalistas, repórteres e diversos profissionais da comunicação no Amazonas. Mas o que os donos desses veículos têm em comum, além da disposição de atacar o CM7? Todos são apontados como beneficiários de verbas públicas oriundas de um secretário estadual, que os utiliza como ferramentas de assessoria política sob o véu de “matérias jornalísticas”.
O impacto colateral da tentativa de censura
A tentativa de censura ao CM7 não se limitou ao portal, gerando um efeito cascata que prejudicou milhares de outros sites e empresas. Segundo Thiago Ayub, professor, Diretor de Tecnologia e um dos pioneiros da internet no Brasil desde 1995, a decisão judicial atingiu indiretamente um servidor da Cloudflare, plataforma usada pelo CM7, afetando cerca de 20 mil empresas e milhares de sites hospedados no mesmo sistema.
Em análise publicada em 14 de janeiro de 2025, Ayub criticou o envolvimento da Anatel no processo, destacando que o órgão, responsável por telecomunicações e não por conteúdo online, foi indevidamente acionado para bloquear o site. “Mais um bloqueio nacional de site de notícias no Brasil e, dessa vez, outros sites serão bloqueados como efeito colateral. Nossas autoridades já tornaram isso um hábito nefasto”, desabafou. Ele questionou ainda a decisão do juiz de incluir a Anatel, afirmando: “Ainda não consigo entender o porquê, mas o magistrado envolveu uma terceira parte não citada ou requerida no processo. O que raios teria a ver a Anatel com esse processo?”. O especialista alertou para os riscos do sistema “Lacre Virtual” em desenvolvimento pela Anatel, que poderia automatizar bloqueios sem supervisão técnica, ampliando o potencial de danos colaterais.
CM7 Brasil luta por liberdade
A tentativa de silenciamento do CM7 Brasil foi rapidamente contestada no Supremo Tribunal Federal. Em uma decisão que marcou um ponto de inflexão na luta pela liberdade de expressão, o ministro Edson Fachin, vice-presidente do STF, suspendeu imediatamente a censura imposta pelo juiz de Manaus. Fachin destacou que a medida configurava censura prévia, prática inconstitucional e incompatível com o Estado Democrático de Direito. Em sua argumentação, o ministro reforçou que a liberdade de imprensa, assegurada pelo artigo 220 da Constituição Federal, não pode ser restringida de forma desproporcional, e que o direito à informação deve prevalecer, desde que respeitados os limites éticos e legais.
A segunda vitória e o golpe final na censura
O caso ganhou ainda mais força quando a ministra Cármen Lúcia, também do STF, analisou o mérito da questão e cassou definitivamente a decisão do juiz plantonista do Tribunal de Justiça do Amazonas. A determinação reverteu a ordem de remoção das matérias sobre Flávio Antony e garantiu a permanência do CM7 no ar. Cármen Lúcia foi enfática ao classificar a supressão de conteúdo jornalístico sem devido processo legal como censura judicial, prática expressamente vedada pela Constituição. “Sem a imprensa não há informação, e sem esta não há democracia. A imprensa livre é a garantia do cidadão livre”, declarou a ministra em seu despacho.
A decisão estabeleceu que eventuais abusos da imprensa devem ser tratados por meio de direito de resposta ou ações indenizatórias, nunca por remoção arbitrária de conteúdos. Com isso, o STF reafirmou a jurisprudência consolidada na ADPF 130, que extinguiu a Lei de Imprensa e declarou a censura prévia inconstitucional. O CM7 saiu fortalecido, autorizado a manter suas reportagens no ar, enquanto o Tribunal de Justiça do Amazonas foi orientado a rever sua postura, respeitando os princípios constitucionais.
Um precedente para a liberdade de imprensa
O julgamento do STF não foi apenas uma vitória do CM7, mas um marco na defesa da liberdade de expressão no Brasil. A decisão reforça que o Judiciário não pode atuar como censor prévio da mídia, limitando-se a corrigir excessos por vias legais posteriores. Trata-se de um precedente importante, que sinaliza às instâncias inferiores a necessidade de proteger o direito à informação e evitar que a censura judicial se torne um instrumento de silenciamento. O caso também reacende o debate sobre o equilíbrio entre o direito à honra e a liberdade de imprensa, tema central no cenário jurídico e midiático atual.
Reflexão: a hipocrisia dos algozes
Enquanto o CM7 enfrentava a perseguição, os sites Imediato, Portal O Poder, Radar Amazônico, Revista Cenarium, Portal Dia a Dia, Blog do Botelho e Portal Rios de Notícias não apenas se calaram diante da tentativa de censura como a aplaudiram, alinhando-se a interesses escusos em vez de defenderem a essência do jornalismo. E se fossem eles os alvos? É improvável que aceitassem passivamente a supressão de suas vozes. O tempo, contudo, provou quem estava do lado da razão. A vitória do CM7 expôs a fragilidade ética desses veículos, que enterraram sua credibilidade ao se curvarem a pressões políticas e propagarem fake news contra um concorrente.
O CM7 Brasil, por sua vez, agradeceu o apoio de empresários e jornalistas de outros veículos que, mesmo com linhas editoriais opostas, reconheceram o perigo da censura e se posicionaram contra a manobra orquestrada por um grupo político. Esse respaldo, vindo inclusive de adversários ideológicos, demonstra que a luta pela liberdade de imprensa transcende diferenças e se firma como um valor essencial à democracia. Enquanto isso, os sites que celebraram a tentativa da queda do CM7, afundam-se em sua própria contradição, servindo de exemplo do que o jornalismo não deve ser.