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Beto Simonetti inicia 2° mandato à frente da OAB com defesa de entidade apartidária e unida

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Brasil – Em uma cerimônia marcada pela presença dos presidentes dos Três Poderes, Beto Simonetti foi empossado na noite de segunda-feira (17) para seu segundo mandato como presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O evento, realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, reuniu autoridades como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Simonetti, reeleito com unanimidade entre os 81 conselheiros federais, ficará à frente da entidade até 2028, tornando-se o primeiro líder da OAB reconduzido ao cargo desde a redemocratização do país.

Em seu discurso de posse, Simonetti enfatizou a importância de a OAB manter-se apartidária, reafirmando que a entidade não deve alinhar-se a partidos ou governantes. “A OAB não apoia nem se opõe a partidos e a governantes. Nossa independência está na autonomia crítica da OAB, em defesa da Constituição e do Estado democrático de Direito”, declarou. Ele destacou que a Ordem é um espaço de união para todos os advogados e advogadas, independentemente de suas posições políticas, e que essa coesão é essencial para enfrentar os desafios futuros. “É a nossa união que deve nos guiar. É esse conserto que garante que a OAB continue sendo o escudo da democracia, a voz da cidadania e o bastião das liberdades”, completou.

Simonetti também celebrou o momento histórico de sua posse, que coincide com os 40 anos da redemocratização do Brasil. Ele lembrou o papel protagonista da OAB nesse processo e prometeu manter o mesmo espírito em seu mandato. “Imbuídos no mesmo espírito, procuraremos manter essa feição ao longo deste mandato, em tributo ao nosso desiderato institucional primário”, afirmou, reforçando o compromisso da entidade com a democracia.
Outro ponto central de sua fala foi a valorização da advocacia e a defesa das prerrogativas profissionais. O presidente reeleito destacou a eleição unânime como um símbolo da força de uma OAB unida em torno de propósitos maiores, como a proteção da profissão e a garantia dos direitos dos cidadãos. “Obter os votos de todas as conselheiras e de todos os conselheiros federais expressa a força de uma entidade unida”, disse, reconhecendo a responsabilidade que acompanha esse apoio.

Diante de um mundo em transformação, Simonetti abordou os desafios trazidos pela ascensão da inteligência artificial. Ele defendeu que a OAB deve atuar para que as novas tecnologias sejam aliadas da advocacia, e não ameaças à dignidade profissional ou à democracia. “Vivemos um novo momento, com a ascensão da inteligência artificial. A OAB tem o objetivo de garantir que as tecnologias sejam aliadas — e não novas ameaças — à dignidade profissional, à sociedade e à democracia”, pontuou.

A cerimônia também marcou a posse dos 81 conselheiros federais e da nova diretoria da OAB Nacional para o triênio 2025-2028, que inclui nomes como Délio Lins e Silva Júnior como diretor-tesoureiro. A presença de figuras como Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, reforçou a relevância do evento no cenário político e jurídico brasileiro.

Natural de Manaus (AM), Beto Simonetti é advogado desde 2001 e tem uma trajetória consolidada na OAB, com passagens como conselheiro federal pela seccional do Amazonas, secretário-geral do Conselho Federal e coordenador nacional do Exame de Ordem. Filho de Alberto Simonetti Cabral Filho, ex-presidente da OAB-AM, ele carrega um legado familiar na advocacia. Em seu primeiro mandato (2022-2025), Simonetti liderou ações como a contestação de decisões do STF, incluindo o bloqueio do X no Brasil, e a defesa de pautas corporativas, como a isenção de custas processuais para advogados.
Com um discurso firme e conciliador, Simonetti sinaliza um mandato focado na união da classe, na defesa da Constituição e na adaptação da advocacia aos novos tempos, mantendo a OAB como um pilar da democracia brasileira.





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