Ator Bemvindo Sequeira debocha do estado de saúde de Jair Bolsonaro e gera revolta nas redes sociais; veja vídeo
Brasil – O ator e humorista Bemvindo Sequeira voltou a causar polêmica nas redes sociais ao ironizar a saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em um vídeo publicado na terça-feira (16), o artista simulou sintomas como vômito, soluços e falta de ar, relacionando a cena às antigas declarações de Bolsonaro sobre a Covid-19, quando o ex-chefe do Executivo minimizou a doença como uma “gripezinha”.
A publicação, feita um dia antes de Bolsonaro ser diagnosticado com câncer de pele, gerou forte repercussão e foi vista por muitos como insensível e de mau gosto. Em sua fala, Sequeira aproveitou para debochar também das condenações do ex-presidente — que incluem indenização de R$ 1 milhão por falas racistas em 2021 e a pena de prisão após os episódios ligados à tentativa de golpe de Estado em 2022.
“Pode vomitar, soluçar, cair pressão, você vai continuar vivo para a gente dar risada”, disse o humorista no vídeo, em tom sarcástico.
O limite entre crítica e desumanidade
Sequeira é conhecido por sua postura ácida e pelo uso do humor como arma política. No entanto, ao tratar da saúde de um adversário, o ator escorregou para um terreno perigoso: o da insensibilidade. Questões médicas, ainda mais quando envolvem doenças sérias como o câncer, dificilmente devem servir de palco para piadas ou deboche.
A crítica política e a liberdade de expressão são pilares democráticos, mas quando o riso se sobrepõe à empatia, a mensagem perde legitimidade e abre espaço para a banalização do sofrimento humano.
Bolsonaro internado
Na mesma semana do vídeo, Bolsonaro foi internado em Brasília após passar mal, apresentando episódios de vômito e soluços. Já no Hospital DF Star, passou por avaliação médica e recebeu alta, mas segue em acompanhamento. Segundo o cirurgião Claudio Birolini, o câncer diagnosticado está em estágio considerado de gravidade média, sem necessidade de quimioterapia no momento.
Debate ético
A atitude de Bemvindo Sequeira não apenas desumaniza um adversário político, mas também alimenta a cultura do extremismo, na qual o outro deixa de ser visto como pessoa e passa a ser tratado como inimigo a ser ridicularizado ou eliminado. Esse tipo de postura contribui para radicalizações que já vêm causando atentados em várias partes do mundo — como o caso do ativista norte-americano Charlie Kirk, assassinado vítima de um atentando por um jovem radicalizado por estes discursos.