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Após associar Trump ao fascismo, Lula volta atrás e parabeniza vitória do presidente dos EUA

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Após associar Trump ao fascismo, Lula volta atrás e parabeniza vitória do novo presidente dos EUA

Brasil – Na véspera das eleições nos Estados Unidos, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva foi enfático ao associar o então presidente Donald Trump a um “fascista” e criticá-lo severamente por seu comportamento durante o ataque ao Capitólio em 2021. O líder brasileiro, que havia declarado seu apoio à candidata democrata Kamala Harris, afirmou que Trump representava uma ameaça à democracia global e à estabilidade das instituições norte-americanas.

No entanto, com a vitória de Trump na eleição deste 6 de novembro, Lula fez uma reviravolta em seu discurso. Em uma publicação nas redes sociais, o presidente brasileiro parabenizou Trump e reafirmou a importância de se respeitar a democracia, independentemente das diferenças políticas. “Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”, escreveu Lula.

A mudança de tom foi notável, especialmente após o forte confronto político entre os dois líderes, que em diversas ocasiões trocam críticas públicas. Em uma entrevista concedida anteriormente, Lula havia destacado que uma vitória de Trump representaria um retrocesso para a democracia mundial, mencionando o caos do ataque ao Capitólio e o crescente clima de radicalização nos Estados Unidos. Para ele, a reeleição de Trump parecia um fortalecimento do que chamou de “extrema-direita”, e não um avanço democrático. Veja memes:

Apesar da divergência ideológica, a expectativa é que o governo brasileiro mantenha uma relação pragmática com os Estados Unidos, como observa o próprio Lula em sua mensagem de felicitações. O Brasil, sob a presidência de Lula, busca estabilidade nas relações diplomáticas com o país norte-americano, ainda que o governo de Trump tenha sido, até agora, um adversário ideológico.

O posicionamento de Lula não é único. A vitória de Trump gerou reações internacionais mistas, com líderes políticos ao redor do mundo, incluindo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, parabenizando o republicano. O presidente francês Emmanuel Macron também se mostrou disposto a trabalhar com Trump, reiterando a importância da paz e da prosperidade nas relações bilaterais.

No Brasil, a vitória de Trump é vista como um indicativo do fortalecimento das forças conservadoras em diversas partes do mundo, incluindo o próprio país, onde a extrema-direita tem ganhado força nos últimos anos. Para muitos, a relação com o novo governo dos Estados Unidos será um dos maiores desafios diplomáticos para Lula, que já enfrentou um clima tenso de polarização política tanto interna quanto externamente.


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