Alessandra Campelo tenta lacrar após comer ‘Carne de Ouro’ e é detonada pela população; veja
Manaus – A deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos) está sendo duramente criticada nas redes sociais após tentar “lacrar” com uma publicação reflexiva em meio ao escândalo de ostentação envolvendo sua luxuosa viagem para a Europa. Em pleno recesso parlamentar, Alessandra foi flagrada saboreando carne folheada a ouro na ilha de Mykonos, na Grécia, ao lado da família do presidente da ALEAM, Roberto Cidade (UB), e outros servidores comissionados da Assembleia Legislativa do Amazonas.
Mesmo diante da enxurrada de críticas, ao invés de responder à população ou se posicionar com humildade, Alessandra optou por postar uma foto maquiada, acompanhada da seguinte legenda:
“No dia em que eu retribuir maldade com mais maldade pode ter certeza que eu falhei na vida. Portanto, pra quem me deseja o mal, eu só desejo o bem, pois cada um dá aquilo que tem!”
A tentativa de se vitimizar e espiritualizar a situação causou ainda mais revolta. Diversos comentários foram apagados de suas redes sociais, mas prints começaram a circular em grupos de WhatsApp e perfis alternativos.
Entre as reações do público:
“O dinheiro dessa carne de ouro poderia inaugurar o Hemoam.”
“Viajando e comendo carne a ouro até eu não ligaria pra nada nessa vida kkkkk.”
“E falhou, mana! A maldade está em torrar milhões enquanto o povo de Manaus sofre. O mínimo que você deveria fazer é apoiar seu namorado a ser responsável com a população.”
“É muita maquiagem, meu amigo!!!”
“Essa daí não ganha nem pra limpar o chão mais.” Esses são alguns comentários do eleitorado amazonense, que está cansado de ser feito de palhaço por estes parlamentares.
Veja mais:
Escândalo de ostentação
A polêmica estourou após vídeos e fotos de Alessandra Campelo jantando no restaurante do chef-celebridade Salt Bae viralizarem. Ela aparece ao lado de Thaisa Coelho (esposa de Roberto Cidade), Adriana Cidade (irmã de Roberto), Vanderlei Alvino (diretor da ALEAM e marido de Adriana), e Alarico Cidade, seu namorado e primo do presidente da ALEAM.
Todos integram direta ou indiretamente a folha de pagamento da Assembleia Legislativa.
Apenas o flagrante da refeição de luxo, uma conta que gira em torno de R$ 300 mil reais – dinheiro que dificilmente sairia só do salário de parlamentar. E tudo isso em um cenário de festa privada, com vinhos caríssimos, champanhes importadas e pratos que chegam a R$ 30 mil por cabeça. Uma farra obscena, regada a luxo, silêncio cúmplice e puro desprezo pelo povo que morre nos hospitais e passa fome no interior do estado.
Além disso a viagem inclui hospedagens luxuosas, restaurantes premiados e gastos que facilmente ultrapassam os milhões, incompatíveis com os vencimentos oficiais. Alessandra Campelo, por exemplo, recebe R$ 46 mil brutos como deputada estadual, mas ostenta um padrão de vida muito acima da média — o que levanta suspeitas sobre o uso indireto de recursos públicos para custear mordomias durante o recesso parlamentar.
Alessandra Campelo também construiu sua imagem pública como defensora das mulheres — sempre pronta a posar em campanhas, vídeos e fotos em defesa da causa feminina. Mas quando as denúncias envolvem mulheres e crianças abandonadas pelo sistema de saúde público no Amazonas ou denunciar casos de agressão de ex-companheiras de políticos aliados a ela, seu silêncio é ensurdecedor.
Silêncio institucional
Até o momento, nem Alessandra Campelo, nem Roberto Cidade se pronunciaram oficialmente sobre os gastos da viagem ou sobre a presença de servidores comissionados em um passeio de luxo no exterior. A população, no entanto, segue cobrando respostas — e a imagem da deputada, antes vista como articuladora política de bastidores, hoje sofre com uma crise de reputação sem precedentes.
A tentativa de apaziguar a situação com frases prontas e filtros nas redes só acirrou os ânimos. Para muitos, a postura da parlamentar representa desconexão total com a realidade vivida pelo povo amazonense, que enfrenta problemas sérios como crise na saúde pública, falta de segurança e desemprego.