Adriana Cidade, prima de Roberto Cidade, também é investigada pela Polícia Federal; veja vídeo
Amazonas – A manhã desta quinta-feira (3) foi marcada por uma operação da Polícia Federal (PF) que culminou na investigação de diversos secretários de estado e policiais militares envolvidos em suspeitas de manipulação nas eleições municipais de Parintins, interior do Amazonas. Entre os alvos da operação, destaca-se Adriana Cidade, prima e ex-assessora do deputado estadual licenciado Roberto Cidade (União Brasil), que atualmente é candidato a prefeito de Manaus.
A residência de Adriana da Cunha Cidade, prima de Roberto Cidade, presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), localizada no bairro Castanheira, em Parintins, a 369 quilômetros da capital, serviu como centro de operações para planejar interferências nas eleições municipais de 2024.
A Operação Tupinambarana Livre teve início após a divulgação de um vídeo datado de 2 de agosto deste ano, onde membros da administração pública local, incluindo secretários e policiais, admitiam ter comprado votos em eleições passadas. O material revelava ainda que os envolvidos planejavam desviar a atuação da Polícia Federal durante as eleições, trazendo bandidos ligados a milícias e crime organizado para uma operação “forjada” na cidade.
Com o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em endereços distintos na capital amazonense, os investigados foram conduzidos à superintendência da PF em Manaus, onde prestaram depoimentos que duraram cerca de 1h30. Adriana Cidade, como proprietária do imóvel onde ocorreu a reunião que motivou a investigação, chamou a atenção da mídia, especialmente pelo seu vínculo familiar com Roberto Cidade, que é uma figura proeminente na política local e estadual.
Os secretários ouvidos incluem Armando do Valle, diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), e Marcos Apolo Muniz, secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa. Também foram escutados membros da Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), como o tenente-coronel Jackson Ribeiro e o capitão Guilherme Navarro. Apesar do tumulto, ninguém foi preso na operação, e os investigados não se pronunciaram publicamente ao deixar a sede da PF, deixando muitas perguntas sem resposta.
A presença de Adriana Cidade na lista de investigados levanta questões sobre a relação entre sua atuação política e a candidatura de Roberto Cidade. Os laços familiares e a proximidade com a política local adicionam uma camada complexa à narrativa, enquanto as investigações continuam para esclarecer os possíveis crimes eleitorais em benefício do candidato do União Brasil.
