Tráfico no Amazonas: polícia apreende drogas e armamento pesado em lancha
Amazonas – Uma ação conjunta entre a Companhia de Operações Especiais (COE) e a Polícia Federal (PF) resultou na apreensão de aproximadamente duas toneladas de drogas na noite desta sexta-feira, 23 de fevereiro de 2025, nas proximidades do município de Iranduba, no Amazonas. A carga, composta por cocaína e maconha do tipo skunk, estava escondida em uma embarcação que navegava pelo Rio Solimões, em uma rota estratégica que liga a fronteira entre Colômbia e Peru ao interior do Brasil.
A operação, que começou a partir de informações levantadas pela inteligência da PF em parceria com a COE, teve desdobramentos dramáticos. Segundo o Coronel Alysson, comandante da ação, os policiais aguardaram a embarcação em um ponto estratégico próximo a Iranduba. Por volta das 23h, ao tentar realizar a abordagem, os agentes foram recebidos com disparos de arma de fogo. “Houve um intenso tiroteio. Os suspeitos abriram fogo contra nossos policiais, que precisaram responder à altura para se defender”, relatou o coronel.
No calor do confronto, os criminosos optaram por abandonar a embarcação e pularam nas águas turbulentas do Rio Solimões, conseguindo escapar sob a proteção da escuridão. “Tentamos capturá-los, mas o rio estava muito revolto e a visibilidade era praticamente nula. Eles se evadiram, deixando para trás a carga e o armamento”, explicou o coronel.
A abordagem da embarcação revelou não apenas a expressiva quantidade de entorpecentes, mas também um arsenal significativo: dois fuzis, duas espingardas calibre 12 de ação automática, vasta munição e uma quantia em dinheiro colombiano. Além disso, a lancha utilizada pelos traficantes, com cerca de 12 metros de comprimento, três motores de alta potência e blindagem, foi apreendida pelas autoridades.
“É um equipamento robusto, projetado para operações de grande porte. Isso mostra o nível de organização desses grupos”, destacou o coronel.
A droga, avaliada em milhões de reais, agora está sob custódia da Polícia Federal, que assumiu as investigações para identificar o destino final da carga e os responsáveis pelo esquema.
A ação expõe a complexidade do combate ao narcotráfico na Amazônia, onde os rios servem como verdadeiras rodovias para o crime organizado. As autoridades prometem intensificar os esforços para desmantelar as redes que operam na região, enquanto a população local acompanha com apreensão os desdobramentos dessa guerra silenciosa travada nas águas do Solimões.
Por ora, a apreensão é celebrada como um duro golpe contra o tráfico, mas o escape dos criminosos deixa um alerta: a batalha está longe de terminar.
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