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‘Ratobras’: investigação mira em quadrilha de furto de petróleo da Petrobras

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Brasil – A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ), através do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado), realizam na manhã desta quarta-feira (23) a Operação Ratoeira, contra uma quadrilha especializada em furto de petróleo. As investigações apontam que eles perfuravam dutos da Petrobras para retirar o produto. Dez mandados de prisão foram expedidos, além de outros 26 de busca e apreensão. Até o momento, oito pessoas foram presas. A operação acontece no Rio, Pernambuco, Minas Gerais e Espírito Santo.

Segundo a denúncia, desde 2017 o grupo é especializado na perfuração de dutos da Transpetro, com o objetivo de tirar o combustível e transportá-lo para os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, onde há a receptação”. As investigações começaram quando dois homens foram presos em flagrante conduzindo petróleo subtraído de dutos da Petrobras. Eles tiveram os celulares apreendidos, e no aparelho, policias descobriram que os membros da quadrilha se comunicavam em um aplicativo de mensagem, e batizaram o grupo de ‘Ratobras’. Na foto do grupo, um rato segurava um fuzil.Operação Ratoeira, comandada pela Polícia Civil e Ministério Público, prendeu membros de quadrilha de roubo de combustíveis. Na foto, Milton Carlos Félix de Souza, o Félix, foi preso em Santo Aleixo, em Magé - REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA

Os suspeitos se dividiam em categorias diferentes de atuação; Robson Teixeira Alves Gusmão e Magnojai Rizzari Recla, o Magno, lideravam a organização e eram os receptadores do óleo subtraído, recebendo o produto no Espírito Santo e repassando às empresas em que eram sócios. Robson e Magnojai eram os financiadores do esquema, inclusive com a contratação de ‘batedores’, veículos que iam à frente dos caminhões com o combustível furtado, com o objetivo de alertar para possíveis blitzes e fiscalizações.

“Alguns receptadores do Espírito Santo eram proprietários de empresas legalizadas. Eles utilizavam essas empresas como fachada para receberem esses produtos. Esse tipo de crime pode causar danos ambientais, pode causar explosões, incêndios. É um crime que estamos sempre investigando”, disse à ‘TV Globo’ o delegado Pedro Brasil, titular da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), à frente da investigação junto com o MP.
Milton Carlos Félix de Souza, o Félix, e Rogério Peixoto Gomes, o RRio ou Peixoto, escolhiam e preparavam os locais onde ocorria o furto do combustível. Milton foi preso em casa, no bairro Santo Aleixo, em Magé. Mauro Pereira Gabry, Dionathan Rodrigues Lima, João Luiz Gomes Diogo e Daniel Jose Campagnaro forneciam os caminhões que transportavam o produto. Adriano Marcio Gomes, o Mixaria, e Franz Dias Costa, o Francis, eram os motoristas. Adriano foi preso em Pernambuco e Franz foi preso no Rio, um dia depois de sair da prisão pelo mesmo crime.
*Operação O Dia*. 


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