Polícia prende golpista que se passava por advogado e enganou idoso em mais de R$ 120 mil
Amazonas – A Polícia Civil do Amazonas prendeu, nesta terça-feira (12), Eliney da Silva Constantino, de 34 anos, acusado de se passar por advogado e aplicar um golpe de mais de R$ 122 mil em um idoso de 71 anos.
A prisão ocorreu no bairro Alvorada, zona centro-oeste de Manaus, após o cumprimento de mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão expedido pela Justiça.
De acordo com a delegada Benvinda Gusmão, titular do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), as investigações começaram no dia 11 de julho, após a vítima denunciar o caso à unidade policial. Mesmo sem possuir registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Eliney oferecia serviços jurídicos, especialmente em ações de busca e apreensão de veículos financiados por instituições bancárias.
“A vítima foi levada a acreditar que, ao fazer 58 transferências via Pix, estaria quitando o financiamento de um veículo, o que resultou em um prejuízo de mais de R$ 32 mil.
Como o pagamento não foi efetuado ao banco, o automóvel foi apreendido, gerando um dano adicional de aproximadamente R$ 90 mil”, detalhou a delegada.
Somados, os prejuízos ultrapassam R$ 122 mil. Ainda segundo a investigação, Eliney já é reincidente em crimes semelhantes e responde a 16 processos criminais, sendo três ainda em andamento. O valor total dos prejuízos causados por ele a diferentes vítimas chega a mais de R$ 300 mil.
Durante o cumprimento do mandado, os policiais também apreenderam o celular do suspeito, que deve passar por perícia para identificar outros possíveis crimes e vítimas.
A delegada Benvinda Gusmão destacou a importância da operação: “Essa ação reforça o compromisso da Polícia Civil no combate aos crimes praticados por falsos profissionais do Direito, principalmente contra pessoas em situação de vulnerabilidade, como os idosos. Contamos com o apoio da OAB-AM para coibir essas práticas”.
Eliney da Silva Constantino irá responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. Ele permanece à disposição da Justiça.


