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PF prende ‘Careca do INSS’ e empresário em operação contra fraudes a aposentados

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PF prende ‘Careca do INSS’ e empresário em operação contra fraudes a aposentados

Mundo – A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (12) uma nova fase da Operação Sem Desconto, batizada de Operação Cambota, resultando na prisão do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti. Eles são investigados por participar de um esquema de descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também envolveu buscas no escritório do advogado Nelson Willians, em São Paulo e Brasília.

A Operação Cambota cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal. As investigações apontam que Antunes, considerado o “epicentro da corrupção ativa”, recebeu R$ 53,9 milhões de associações envolvidas no esquema. Ele teria obtido dados de pensionistas para viabilizar descontos não autorizados em folhas de pagamento, repassando R$ 9,3 milhões a ex-diretores e servidores do INSS, muitas vezes no mesmo dia dos recebimentos, em uma tentativa de dificultar o rastreamento do dinheiro.

A PF identificou que Antunes controlava ao menos 22 empresas, atuando em setores como consultoria, call center e comércio varejista, usadas para movimentar os valores obtidos ilegalmente. Durante as buscas, foram encontrados veículos de luxo, como uma Ferrari vermelha e uma réplica da McLaren dirigida por Ayrton Senna em 1991, além de grandes quantias em dinheiro e relógios de alto valor.

Além das fraudes, os investigados são suspeitos de tentar atrapalhar as apurações, com práticas como ocultação de patrimônio e embaraço às investigações. A operação foi reforçada após a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovar, na quinta-feira (11), a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Antunes e outros suspeitos.

A defesa de Maurício Camisotti classificou a prisão como arbitrária, alegando que o empresário teve seu celular confiscado enquanto falava com seu advogado, o que violaria garantias constitucionais. Em nota, os advogados afirmaram que tomarão medidas legais para reverter a prisão e garantir os direitos do empresário. Até o momento, não houve manifestação oficial da defesa de Antunes.

A Operação Cambota expõe a complexidade de esquemas que exploram vulnerabilidades de aposentados e pensionistas, gerando prejuízos financeiros e danos à confiança no sistema previdenciário. A PF e a CPMI do INSS seguem investigando o envolvimento de outras empresas e associações, com a Controladoria-Geral da União (CGU) já tendo aberto processos contra três empresas e 38 associações ligadas ao caso.

A ação reforça o compromisso das autoridades em desmantelar redes de corrupção que afetam diretamente a população mais vulnerável. Novas etapas da investigação podem trazer mais revelações sobre a extensão do esquema e seus responsáveis.



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