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PF, MPF e Funai vão investigar estupro e morte de menina indigena de 12 anos em Roraima

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Brasil – Uma delegação composta pela Polícia Federal, pela Fundação Nacional do Índio (Funai), pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, embarcou de Brasília nesta quarta-feira (27) até a comunidade indígena onde uma menina de 12 anos foi supostamente estuprada e morta por garimpeiros. A missão vai apurar a denúncia dos moradores da comunidade de Aracaçá, na região de Waikás, em Roraima.

Segundo o Condisi-YY, o plano é trazer o corpo da criança até Boa Vista, para realizar a autópsia no Instituto Médico Legal (IML). Além dessa morte, outra criança, de 3 anos, caiu de um barco e sumiu no rio Uraricorea enquanto a mãe tentava salvar a menina do ataque dos invasores garimpeiros.

A população da região é de 198 indígenas, segundo o Condisi-YY. O estupro e morte da menina e o desaparecimento da outra criança foram divulgados na última segunda-feira (25/4) pelo presidente do conselho.

A região em questão foi a que mais sofreu avanços de garimpeiros, de acordo com o relatório “Yanomami sob ataque”, divulgado pela Hutukara Associação Yanomami (HAY). Segundo o documento, a destruição chegou a 296,18 hectares, 25% em um ano. A invasão dos garimpeiros apresenta um risco para as comunidades nativas, com conflitos armados e danos à saúde, e para o meio ambiente, com a degradação da floresta em função da exploração de minérios, como o ouro.

A área sofre garimpo ilegal do metal desde a década de 1980, mas nos últimos anos a atividade se intensificou. A Terra Indígena Yanomami é a maior reserva indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares nos estados de Roraima e Amazonas. Estima-se que 30 mil indígenas vivam nas mais de 360 comunidades na região.

Com informações Roraima em Rede 


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