Morte de empresário em Manaus foi planejada após corrida de aplicativo, diz delegado; entenda
Manaus – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) desarticulou parte de um grupo criminoso responsável por planejar e executar o assassinato do empresário Severino Gomes das Mercês, de 69 anos, morto dentro da própria casa na madrugada do dia 17 de julho. As investigações apontam que o crime começou a ser articulado dias antes, quando um motorista de aplicativo, agora preso, levou um prestador de serviços à residência da vítima e obteve informações sobre sua rotina e condição financeira.
Durante o trajeto, o prestador teria mencionado que trabalharia na casa de um empresário idoso, com posse de bens e que morava sozinho. A conversa despertou o interesse do motorista e, posteriormente, do grupo criminoso ao qual ele estaria vinculado. A partir daí, os suspeitos passaram a monitorar os hábitos da vítima e planejar o assalto de forma detalhada, com uso de disfarces, armamento pesado e divisão de tarefas entre os envolvidos.
Na última quinta-feira (7), a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) deflagrou a Operação Senectus, que resultou na prisão temporária de três suspeitos: Carlos Eduardo Nogueira dos Santos, conhecido como “Japonês”; Richardson da Silva Pereira, o “Jacaré”; e Rikelme Souza Araújo. A polícia também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, onde foram encontrados entorpecentes e materiais ligados ao crime. O carro utilizado na ação, alugado por Carlos Eduardo, também foi apreendido.
O assassinato ocorreu na casa do empresário, no bairro Flores, zona oeste de Manaus. Segundo a polícia, os criminosos invadiram o local se passando por policiais civis. Severino, que vivia com a neta, tentou reagir ao assalto com disparos de arma de fogo, mas foi alvejado e morto pelos invasores, que estavam em maior número e fortemente armados.
Veja vídeo:
A polícia ainda procura três suspeitos foragidos, entre eles um adolescente de 17 anos, apontado como participante direto da ação. As câmeras de segurança da área foram fundamentais para a identificação dos envolvidos, mas a arma usada no homicídio ainda não foi localizada.
As autoridades reforçam o pedido para que informações sobre o paradeiro dos foragidos sejam repassadas pelo número 181, de forma anônima e sigilosa.





