Horror em Manicoré: empresária é executada na mesma residência onde viu seu filho ser morto há três anos; vídeo
Amazonas – O sangue voltou a escorrer pelo mesmo chão. Três anos depois de ver o filho ser executado a tiros, a empresária Maria Auxiliadora da Silva foi assassinada no mesmo lugar onde presenciou a tragédia. O crime aconteceu na noite desta sexta-feira (20), dentro do apartamento dela, que fica sobre a Distribuidora Oriente, no bairro Rosário, em Manicoré, no sul do Amazonas.
Segundo as primeiras informações repassadas pela Polícia Civil, a empresária havia acabado de sair do banho quando um homem invadiu o imóvel. Armado, ele ordenou que outras mulheres presentes corressem e, sem hesitar, disparou várias vezes contra Maria, que morreu na hora. O suspeito fugiu correndo logo após a ação. Até o momento, ninguém foi oficialmente identificado ou preso.
A cena de horror reviveu um dos crimes mais marcantes da cidade. No dia 16 de maio de 2022, Otávio Henrique da Silva Cardoso, de 25 anos, filåho da vítima, também foi morto a tiros dentro da distribuidora, na frente da mãe. Na ocasião, câmeras de segurança registraram o momento em que um homem armado entrou no comércio e atirou pelas costas de Otávio, atingindo-o na nuca e no corpo. O jovem caiu morto diante da própria mãe. O autor do crime fugiu em uma motocicleta vermelha e, até hoje, o caso não teve desfecho judicial.
Otávio era dono da Distribuidora Tirando Onda e mantinha boa relação com comerciantes locais. O crime, com forte indício de execução, gerou comoção na cidade à época e segue sem solução definitiva.
Agora, três anos depois, Maria Auxiliadora é vítima da mesma brutalidade, no mesmo endereço onde perdeu o filho. As autoridades da 72ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Manicoré já iniciaram as investigações para tentar estabelecer uma possível conexão entre os dois crimes.
A polícia deve analisar câmeras de segurança da região e colher depoimentos de testemunhas que estavam próximas ao local no momento do crime. Uma das principais linhas de investigação é a de acerto de contas ou vingança familiar, dada a repetição do modus operandi e o vínculo direto entre as vítimas.
A cidade de Manicoré amanheceu novamente tomada pelo silêncio, pela dor e por um misto de indignação e medo. Duas vidas foram ceifadas no mesmo espaço, com três anos de diferença, e uma mesma família vive agora o peso irreparável da violência.
As autoridades pedem que informações que ajudem a identificar o autor ou eventuais mandantes sejam repassadas, mesmo de forma anônima, por meio do disque-denúncia 181.