Homem que andou com o pai morto em cadeira de rodas volta a ser preso por ameaçar ex em Manaus
Manaus – Romulo Alves da Costa, de 42 anos, foi preso novamente na manhã desta quarta-feira (18) em Manaus, após ameaçar de morte sua ex-namorada, de 22 anos. A prisão aconteceu poucos dias depois de ele ter protagonizado uma cena que chocou a capital amazonense: Romulo foi flagrado empurrando pelas ruas do Centro de Manaus o corpo do próprio pai, já morto, em uma cadeira de rodas.
Segundo a Polícia Civil do Amazonas, o novo caso teve início no dia 13 de junho, quando Romulo fez ameaças explícitas à ex-companheira durante uma discussão em sua residência, no bairro Lírio do Vale, zona oeste de Manaus. A jovem relatou à polícia que, durante o desentendimento, ele chegou a insinuar que havia matado o próprio pai e que poderia fazer o mesmo com ela, o que a levou a procurar imediatamente ajuda das autoridades.
Com base na denúncia e considerando o histórico recente do suspeito, a Polícia Civil determinou sua prisão imediata. Romulo foi localizado em casa e detido sem resistência. A jovem contou ainda que vinha sendo perseguida por ele desde o fim do relacionamento e vivia sob constante medo. O caso foi registrado como ameaça com agravante de violência doméstica.
Investigação sobre morte do pai continua
Romulo já estava sob os holofotes da imprensa e da polícia desde o último dia 7 de junho, quando foi visto empurrando uma cadeira de rodas com o corpo do pai pelas movimentadas calçadas da Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro de Manaus. A cena inusitada e perturbadora chamou a atenção de pedestres, que notaram sinais de rigidez no corpo do idoso e acionaram a polícia.
Ao chegarem ao local, os agentes confirmaram que o pai de Romulo estava morto. Ele foi levado à delegacia para prestar depoimento, mas acabou liberado após alegar que estava tentando levar o pai ao banco para conseguir um empréstimo destinado à compra de alimentos e produtos de higiene.
A versão, no entanto, é investigada pela polícia, que não descarta a possibilidade de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. Exames realizados no Instituto Médico Legal (IML) devem indicar o tempo e a causa exata da morte. Caso seja comprovado que Romulo tentou utilizar o corpo do pai para obter vantagem financeira, ele poderá ser indiciado por crimes ainda mais graves.
A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas e aguarda a conclusão dos laudos periciais para avançar nas investigações. Novas medidas judiciais contra Romulo poderão ser adotadas nos próximos dias, a depender dos desdobramentos do caso.