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Funcionária é executada com tiro na cabeça após restaurante se recusar a pagar “imposto do tráfico”; veja vídeo

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Funcionária é executada com tiro na cabeça após restaurante se recusar a pagar "imposto do tráfico"; veja vídeo

Mundo – Uma jovem funcionária de restaurante foi brutalmente executada com um tiro na cabeça na cidade de Barranquilla, na Colômbia, após o estabelecimento onde trabalhava supostamente se recusar a pagar extorsão exigida por criminosos. O crime ocorreu na tarde da última quinta-feira (10), no bairro La Paz, zona sudoeste da cidade, e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o momento em que dois homens chegam de moto ao local. Um deles desce, entra no restaurante e atira diretamente na cabeça da vítima.

 

A jovem foi identificada como Adaluz Pérez Santana, de 27 anos, natural do município de Plato, no departamento de Magdalena. Ela atuava como caixa no restaurante Arroz Paisa, onde foi surpreendida e alvejada sem chance de defesa. Socorrida por populares, Adaluz foi levada às pressas para o Hospital La Manga e, em seguida, transferida para a Clínica Adelita de Char, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da meia-noite de sábado (12).

Segundo as investigações preliminares, a execução pode ter sido motivada pela recusa dos donos do restaurante em pagar extorsão à quadrilha Los Costeños, conhecida por controlar parte do tráfico e da “vacina” — como é chamado o pagamento forçado por comerciantes — na região caribenha. A polícia já está em posse do vídeo da execução e realiza diligências para localizar os autores do crime.

“Meu Deus, ela era só uma funcionária. Pagou com a vida por algo que não era dela. Isso não é justo”, lamentou uma internauta nas redes sociais.

Segunda execução em menos de 48 horas

O caso de Adaluz não foi o único a abalar o Caribe colombiano nos últimos dias. Na manhã de sábado (12), menos de 36 horas após o crime em Barranquilla, Alcides Rincón Molina, dono de uma loja no município de Ciénaga (Magdalena), foi igualmente executado a tiros em seu local de trabalho, a loja El Aventurero, no bairro 2 de Febrero.

De acordo com testemunhas, dois homens chegaram de moto, entraram no comércio e atiraram diversas vezes contra Alcides, que morreu no local antes de receber socorro. A polícia trabalha com a hipótese de que ambos os crimes estejam relacionados à negativa das vítimas em ceder às exigências de extorsão de grupos armados, como os Los Costeños, que disputam território com outras facções criminosas.

Comércio sob ameaça constante

A violência vem escalando na região, e comerciantes têm denunciado ameaças constantes por parte de grupos criminosos. A prática de extorsão, sob pena de morte para quem não paga, tem paralisado atividades e forçado o fechamento de inúmeros estabelecimentos, inclusive de pequenos empreendedores.

“Nem quem vende arepas consegue mais trabalhar em paz”, escreveu uma moradora de Barranquilla.

Relatos nas redes sociais denunciam o sentimento de impotência e abandono, mesmo após os crimes. “A polícia chega, leva o corpo, e tudo volta ao normal. Não há busca pelos responsáveis, nenhuma mobilização”, criticou um morador de Ciénaga.

Reação das autoridades

As autoridades da Colômbia ainda não confirmaram oficialmente os autores dos atentados, mas reforçaram as investigações nas duas cidades. Em nota, a polícia local informou que unidades especializadas foram deslocadas para intensificar o combate às organizações criminosas que atuam no Caribe colombiano, especialmente aquelas envolvidas em extorsão e assassinatos por encomenda.

Enquanto isso, os familiares de Adaluz e Alcides clamam por justiça e segurança.

“Mais um comércio fechado, mais uma vida perdida, e o medo tomando conta da cidade. Ninguém mais está seguro”, disse um amigo de Adaluz.

As imagens dos assassinatos, fortes e brutais, circulam entre investigadores e são utilizadas como peça-chave para identificar os criminosos. Até o momento, ninguém foi preso.





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