Família denuncia descaso do Governo do AM após morte de detento com transtornos mentais dentro de presídio
Manaus – O sistema prisional do Amazonas volta a ser alvo de graves denúncias de negligência. A mãe de um detento encontrado morto dentro da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na manhã desta quarta-feira (20), acusa o Governo do Estado de descaso e violação de direitos básicos.
A vítima, Luís Felipe Batista da Costa, de 25 anos, tinha laudos médicos anexados aos autos do processo que comprovavam que sofria de transtornos mentais e, por isso, deveria ter sido mantido em cela separada, conforme determina a lei. No entanto, segundo relatos de sua mãe, Leuzimar, o Estado ignorou as recomendações e manteve o jovem em convívio com outros presos.
“Meu filho precisava de cuidados especiais, mas foi tratado como se não fosse nada. Três dias antes da morte, ele me ligou dizendo que tinha sido agredido dentro da unidade. Ele chegou a registrar boletim de ocorrência contra os agressores, mas nada foi feito”, disse a mãe, emocionada.
O corpo do detento foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), mas, de acordo com Deuziane, a família sequer teve o direito de realizar o reconhecimento presencial. “Me mostraram apenas uma foto. Nem isso respeitaram. É uma dor que não desejo a nenhuma mãe”, afirmou.
O caso expõe, mais uma vez, a precariedade do sistema prisional do Amazonas e a falta de políticas públicas efetivas para lidar com detentos em situação de vulnerabilidade, especialmente aqueles com transtornos mentais. A morte de Luís Felipe levanta sérias dúvidas sobre a atuação do Governo do Estado, que deveria zelar pela integridade física e psicológica de todos os presos sob sua custódia.
A família agora pede por justiça e esclarecimentos urgentes sobre as circunstâncias da morte.
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