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EXCLUSIVO! Advogada de traficante, correspondente do CV e namorada de policial: saiba quem é Yanne Teixeira

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Manaus – Neste sábado (18) o Portal e TV CM7 Brasil teve acesso, com exclusividade, a um Relatório de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), que aponta envolvimento ilícito de advogados do Amazonas e líderes de facções criminosas. Dentre esses advogados, a participação de uma mulher em específico chama a atenção: Yanne Pinheiro Teixeira, que namora um Policial Civil do Amazonas e teria envolvimento com o Comando Vermelho (CV).

De acordo com os relatos presentes no documento, a advogada Yanne não seria apenas namorada de um policial, mas também parente de traficantes. O tráfico supostamente sempre a rodeou.

Yanne teria conquistado influência no mundo do tráfico anos atrás, ainda na Família do Norte (FDN), por ser prima de Alan Barbosa Rolim, o vulgo “Zaqueu”, que era braço direito do traficante Zé Roberto da Compensa.

O primo de Yanne foi morto pelos rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC). A partir do assassinato de “Zaqueu”, ela teria sido recrutada para ser advogada o Comando Vermelho do Amazonas (CV-AM).

Trechos do relatório inclusive citam que Yanne foi enviada ao Presídio Federal de Campo Grande, em 15 de Abril de 2021, para levar informações do Comando Vermelho do Amazonas (CV-AM) ao famoso ‘Mano G’, apontado como líder da facção no Estado.

“Mano G”, Gelson de Lima Carnaúba, precisava tomar a decisão de expulsar ou não do CV-AM o seu próprio ‘soldado’, Ocimar Padro de Araújo.

Yanne teria sido enviada  ao Mato Grosso do Sul pelo faccionado Geomison de Lira Arante, o vulgo “Roque”, justamente para fazer esse intermédio de informações.

O relatório inclusive aponta que nessas idas e vindas de informações externas os líderes acabaram rachando e Roque decidiu criar a facção Revolucionários do Amazonas (RDA), ou seja, a atuação de Yanne colaborou diretamente para o crescimento desenfreado das facções no estado, trazendo o caos à Segurança Pública.

Detalhe que enquanto ela estava fazendo este tipo de advocacia, também estava namorando um Polícia Civil que é pago com dinheiro público para combater exatamente estes crimes.

Diante dos fato, ficam os seguintes questionamentos: o que a OAB fará em relação a Yanne e aos outros advogados? O policial tinha conhecimento do trabalho da sua amada com o CV? Ele também era envolvido? Ele será punido pela corregedoria? . Bem, estas perguntas precisarão ser respondidas à população, que está em temendo com as guerras de facções que ocorrem todos os dias.

*Conteúdo EXCLUSIVO do Portal e TV CM7 Brasil.

Relembre o caso

Vieram a público neste sábado (18), com exclusividade do Portal CM7 Brasil, detalhes de um Relatório de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), que aponta envolvimento ilícito de advogados do Amazonas e líderes de facções criminosas. A suspeita era de articulação imprópria entre as partes durante reuniões.

No documento, que data de julho deste ano, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) afirma que os advogados se valiam da prerrogativa de confidencialidade com os presos para usar o parlatório virtual para questões que não se restringiam a defesa criminal. Eles distorciam o objetivo e utilizavam a plataforma ‘Skype’ como meio de “comunicação indevida com o mundo externo, levando a trazendo informações, tanto coordenando o tráfico de drogas e a movimentação financeira dos criminosos, como em assuntos referentes a facções”.

Veja:

Com o objetivo de repreender a prática, foi instaurada uma medida cautelar para a realização de intercepção ambiental na comunicação realizada entre advogados e presos. A interceptação ambiental consiste na captação de sons ou imagens, feita por terceira pessoa, de duas ou mais pessoas, sem que estas saibam que estão sendo monitoradas ou vigiadas.

Entre os nomes citados, há pelo menos 17 advogados que são apontados como responsáveis por esse tipo de comunicação criminosa.

Veja:

*Conteúdo EXCLUSIVO do Portal e TV CM7 Brasil.

Direito de resposta 

A advogada Yanne Pinheiro Teixeira encaminhou ao Portal CM7 Brasil, nesta quarta-feira (22), o seu devido direito de reposta e alegou que não possui qualquer vinculação com o tráfico e faccionados. “Apenas faço uso de minhas prerrogativas, na qualidade de advogada, dentro do limite ético”, afirmou.

Leia nota na íntegra:

“No dia 18 de novembro de 2023, fui surpreendida em ter acesso a 2 reportagens realizadas por este portal, com o objetivo de atacar minha imagem pessoal e profissional.

Estão realizando distorções da minha atuação, de modo que querem criminalizar minha conduta enquanto advogada.

Quando o espetáculo da acusação sem provas, na persecução de objetivos estranhos à ordem jurídica e da publicidade sem limites, a cultura da arbitrariedade expõe suas entranhas.

O dever do advogado criminalista não é defender o crime – até porque o Código de Ética e Disciplina da OAB (art. 21) lhe confere o dever de patrocinar a defesa do acusado sem considerar opinião pessoal sobre a culpa – mas fazer o contraponto da acusação, exigindo respeito ao ordenamento jurídico e zelando pela integridade das garantias legais e constitucionais àquele que me confiou a proteção de seus direitos.

O direito de Defesa, patrocionado por mim, em relação aos meus clientes, reflete a importância na proteção e no amparo dos direitos e garantias constitucionais.

Toda tentativa de vincular o(a) advogado(a) criminalista aos supostos atos praticados pelos seus clientes constitui, notadamente, uma agressão ao profissional que foi consagrado pela Constituição Federal como indispensável à justiça (art. 133, CF).

Assim, por meio desta, venho explicar que não tenho qualquer vinculação com o tráfico e faccionados, não há qualquer vínculo familiar, apenas faço uso de minhas prerrogativas, na qualidade de advogada, dentro do limite ético.

A OAB/AM, por meio da Comissão de Prerrogativas já se posicionou, para reafirmar a importância da advocacia criminal para a Manutenção do Estado Democrático de Direito.

Sou mulher, mãe, advogada e não me calarei.

Manaus, 22 de novembro de 2023″.


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