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Estado paralelo: O Amazonas sob o domínio do tráfico enquanto o governo se omite diante da violência

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Estado paralelo: O Amazonas sob o domínio do tráfico enquanto o governo se omite diante da violência

Amazonas – O Amazonas vive um cenário alarmante de violência, e a cada dia, as forças de segurança do estado se veem cada vez mais impotentes frente ao domínio das facções criminosas. Na noite de segunda-feira (10), Manaus foi mais uma vez palco de uma vergonhosa queima de fogos de artifício promovida pelo Comando Vermelho (CV), uma das maiores facções que atua no estado. Este evento, repetido ano após ano, é apenas um dos vários sinais de que o governo do estado não tem controle sobre a situação da segurança pública.

A queima de fogos, que durou horas e iluminou os céus da cidade, foi registrada em diversos pontos de Manaus, fazendo com que a população ficasse amedrontada. A facção, conhecida por sua organização criminosa e suas ações violentas, comemorava seu “aniversário” no estado, reafirmando sua presença e poder.

Contudo, como de costume, a resposta das autoridades foi tímida e vaga. O secretário de segurança pública do Amazonas, Coronel Vinicius Almeida, se pronunciou, mas de forma frustrante, destacando a falta de respaldo da legislação brasileira para lidar com o crime organizado.

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (11), o Coronel Vinicius expressou a indignação das forças de segurança, mas também apontou a ineficácia das leis, que permitem que líderes do tráfico sejam presos repetidamente, apenas para serem soltos em seguida. Ele, inclusive, criticou o sistema judiciário que, segundo ele, solta os criminosos que são capturados em ações como a operação que prendeu 51 pessoas na noite do foguetório. “A legislação é frouxa. A polícia prende e o judiciário solta”, disse o secretário, apontando que a responsabilidade da segurança não pode ser atribuída apenas ao governo estadual.

Não é a primeira vez que Manaus é palco desse tipo de celebração do crime. Em 2021, membros do CV, além de soltarem fogos, ainda registraram vídeos dando tiros para o alto. 

Em 2022, a capital amazonense novamente entrou nos trending topics do Twitter, quando o foguetório da facção se misturou com a rivalidade entre facções, trazendo uma sensação de caos total.

E em 2023, o próprio Coronel Vinicius prometeu acabar do Comando Vermelho, mas, como podemos ver, a realidade é que o problema persiste e só se agrava.

 

A verdade é que, enquanto o governo do estado tenta se isentar da responsabilidade, os traficantes seguem dominando as ruas e celebrando sua impunidade. Os moradores de Manaus e de outras cidades do Amazonas continuam vivendo em um estado paralelo, onde o poder do tráfico é mais forte que o do próprio governo estadual. A queima de fogos do CV foi apenas mais um lembrete de que a segurança pública no Amazonas está em um abismo de falhas, e o governo de Wilson Lima parece não ter força ou capacidade para fazer frente ao crime organizado.

O que mais precisa acontecer para que o governo estadual tome as rédeas da situação e proteja a população? O “foguetório” da última segunda-feira (10) é um reflexo claro de que, enquanto o estado se omite, o tráfico continua celebrando e expandindo suas fronteiras.


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