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Escândalo Financeiro em Manaus: doleiro movimentou US$ 114 milhões ilegais, diz PF

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Escândalo Financeiro em Manaus: doleiro movimentou US$ 114 milhões ilegais, diz PF

Brasil – Nesta terça-feira (12/12) a Polícia Federal deflagrou a Operação Papel Carbono, revelando um intricado esquema de operações de câmbio não autorizadas liderado por um suposto doleiro. As atividades ilícitas, envolvendo práticas como “câmbio paralelo” e “dólar-cabo”, resultaram na movimentação ilegal de aproximadamente US$ 114 milhões de dólares.

A ação coordenada mobilizou 30 policiais federais, que cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva nas cidades de Manaus/AM e São Paulo/SP. As ordens judiciais não se limitaram apenas a apreender documentos e evidências, abrangendo também o sequestro e a indisponibilidade de bens do investigado, totalizando a expressiva quantia de R$ 428 milhões. Adicionalmente, a operação determinou a suspensão das atividades da empresa envolvida e de outros 38 correspondentes cambiais.

As origens das investigações remontam a novembro de 2019, quando agentes da PF realizaram uma abordagem no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus/AM. Na ocasião, o investigado tentou ocultar R$ 150 mil em espécie em uma mala, camuflados por revistas e papéis carbono, apontando para possíveis tentativas de burlar a fiscalização de raio-X.

Aprofundando a investigação, descobriu-se que o suspeito operava tanto “câmbio paralelo” quanto “dólar-cabo”, realizando trocas de moeda estrangeira fora dos canais oficiais e sem os devidos documentos ou recolhimento de impostos. O esquema também envolvia operações simuladas de câmbio, nas quais a entrega de moeda estrangeira era registrada em nome de pessoas falecidas ou indivíduos fora das áreas de atuação das casas de câmbio, visando ocultar a origem e destino reais dos valores transacionados.

Os envolvidos poderão ser responsabilizados por gestão fraudulenta, falsa identidade para realização de operação de câmbio, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, crimes cujas penas somadas podem alcançar até 32 anos de reclusão. A PF segue investigando para apurar as ramificações do esquema e responsabilizar todos os envolvidos nos crimes financeiros.


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