Caso Geovana: Babá era usada como “mula” por patroa em esquema de tráfico de dr0gas internacional
Manaus – Um desdobramento inusitado no caso da jovem Geovana Costa, de 20 anos, a babá assassinada e abandonada em um terreno baldio no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus, veio à tona nesta sexta-feira (4). Uma amiga próxima de Camila Barros, a patroa da babá, fez revelações alarmantes sobre um esquema internacional de tráfico de drogas. Camila, presa desde 29 de agosto, é suspeita de envolvimento na morte de Geovana que trabalhava como babá para ela. O crime ocorreu no dia 19 de agosto, apresentando sinais de tortura, o que levanta sérias suspeitas de que sua morte está relacionada ao tráfico comandado por Camila.
Segundo a amiga, Camila utilizava estratégias elaboradas para transportar entorpecentes em voos de Manaus para a Europa. Frequentemente viajando para o continente, ela aproveitava falhas no sistema de segurança aeroportuária para burlar os protocolos de embarque. “Eles iam para o aeroporto e não entravam na lista de embarque, seguiam direto para o avião. Por isso, a polícia nunca conseguia pegar as drogas. O esquema era muito bem organizado”, afirmou a amiga, ressaltando que os cúmplices faziam conexões em Brasília antes de embarcarem para o exterior sem levantar suspeitas.
Um dos aspectos mais sombrios do esquema envolve Geovana Costa, que, segundo relatos, era utilizada como “mula” para transportar as drogas. A amiga de Camila revelou que a jovem era coagida a ingerir entorpecentes antes das viagens internacionais. “A Camila dizia que ia fazer programa na Europa, mas o que estava por trás era o tráfico. Ela ia usar a Geovana para transportar as drogas no estômago”, contou a testemunha, insinuando que a babá poderia ter sido manipulada sem compreender os riscos envolvidos.
As declarações também sugerem que Camila tinha planos de realizar outra viagem em outubro, o que poderia implicar o uso de Geovana novamente no esquema antes de sua morte. O caso gerou grande comoção em Manaus, especialmente diante da exploração de uma jovem vulnerável em atividades criminosas. A família de Geovana, devastada pela perda, clama por justiça e respostas rápidas das autoridades. A sociedade, por sua vez, aguarda esclarecimentos sobre um crime que expõe a fragilidade de jovens diante de redes criminosas bem estruturadas, sublinhando a urgência de ações que protejam os mais vulneráveis.