Caso Arthur Fagner: homem é condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do biomédico em Manaus
Manaus – Após sete meses de um crime que chocou a capital amazonense, Vinicius Heiringer dos Santos, de 23 anos, foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do biomédico Arthur Fagner da Silva, de 33 anos. A sentença foi proferida no dia 11 de março pela 6.ª Vara Criminal da Comarca de Manaus, determinando que a pena seja cumprida em regime fechado, com prisão mantida para execução imediata. O caso, que teve grande repercussão em agosto de 2024, voltou à tona com a decisão judicial, trazendo alívio à família da vítima e reacendendo debates sobre a violência na cidade.
O crime ocorreu em agosto do ano passado, quando Arthur Fagner desapareceu na madrugada do dia 19, após sair de uma casa noturna no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus. Seu corpo foi encontrado dois dias depois, em 20 de agosto, em uma área de mata próxima à Avenida do Turismo, já em estado avançado de decomposição e com evidentes sinais de tortura. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte foi uma perfuração no tórax, que atingiu os pulmões e vasos sanguíneos, resultando em uma anemia aguda hemorrágica. A brutalidade do assassinato gerou comoção e mobilizou a polícia na busca pelo responsável.
Vinicius Heiringer dos Santos foi preso em 26 de agosto, apenas seis dias após o corpo ser encontrado, em uma operação conduzida pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Segundo as investigações, ele teria agido por interesse financeiro, atraindo Arthur para uma emboscada. Imagens divulgadas à época mostraram o momento da prisão no bairro Colônia Oliveira Machado, zona sul da cidade, enquanto a irmã da vítima comemorava nas redes sociais, afirmando que “a justiça tarda, mas não falha”. A rapidez na captura do suspeito foi destacada como um avanço na resolução do caso.
A condenação de Vinicius a 20 anos de prisão marca o desfecho de um processo que envolveu audiências de instrução, como a realizada em novembro de 2024, e a análise de provas que confirmaram sua autoria no latrocínio – roubo seguido de morte. A juíza responsável pelo caso considerou a gravidade do crime e a premeditação como fatores determinantes para a pena em regime fechado. Familiares e amigos de Arthur, que acompanharam o julgamento, expressaram alívio com a decisão, mas também tristeza pela perda irreparável. O caso segue como um lembrete dos desafios enfrentados por Manaus no combate à criminalidade.