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‘Bruno poderia ter salvado Djidja, mas preferiu filmar’, diz investigador durante audiência; veja vídeo

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'Bruno poderia ter salvado Djidja, mas preferiu filmar', diz investigador durante audiência; veja vídeo

Amazonas – O investigador da Polícia Civil, Geraldo Nascimento, fez declarações chocantes nesta quarta-feira (04/09), durante a primeira audiência de instrução do ‘Caso Djidja’, que abalou a cidade. Segundo Nascimento, Bruno Roberto, fisiculturista e um dos principais acusados, optou por filmar Djidja em seus últimos momentos de vida, em vez de socorrê-la.

“Ele estava com Djidja horas antes dela morrer, preferiu filmar em vez de ajudar ela”, afirmou o investigador com firmeza ao ser ouvido no tribunal. A acusação contra Bruno vai além do abandono: ele também é apontado como participante ativo na seita ‘Pai, Mãe, Vida’, que promovia o uso de Ketamina em rituais, e que está no centro da investigação.

Durante seu depoimento, Nascimento detalhou o inquérito que levou ao indiciamento de Bruno por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O fisiculturista, segundo o investigador, não só adquiria os medicamentos via PIX, como também era responsável por administrar doses de Ketamina, inclusive em Djidja. “Ele pagou com PIX a ketamina”, destacou Geraldo, acrescentando que Bruno se autodenominava “Jesus” dentro da seita, enquanto Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, era chamada de “Maria”.

Em uma conversa do fisiculturista Bruno Roberto com Cleusimar Cardoso, ele afirmou que fazia parte de uma ‘Trindade’ na seita “Pai, Mãe, Vida”. De acordo com fragmentos desta conversa, o ex-noivo de Djidja Cardoso afirmou que representava ‘Jesus’, Cleusimar Cardoso seria ‘Maria [mãe de Jesus]’ e Verônica, o ‘Espírito Santo’.

As imagens estão anexadas no processo, de mais de 2 mil páginas, que investiga o grupo por tráfico de drogas e associação para o tráfico por uso indiscriminado de Ketamina durante rituais da seita religiosa.

“Ele ficou triste pelo fato dela [Djidja Cardoso] ter morrido justamente quando iniciou os protocolos de anabolizantes”, diz um trecho do documento, também diz um trecho do inquérito.

A audiência foi marcada por fortes emoções, com alguns dos acusados alternando entre risos e lágrimas. Ademar Cardoso, irmão de Djidja, foi visto sorrindo, enquanto outros, como a cabeleireira Claudiele Santos, choravam durante o procedimento. Cleusimar Cardoso e Verônica, também acusadas, apareceram lado a lado, ambas vestindo uniformes do presídio.

Bruno Roberto, além de ser um dos responsáveis pela aplicação de drogas na vítima, recebia dinheiro de Cleusimar para permanecer na casa da família. O investigador não detalhou os valores, mas indicou que a presença de Bruno na casa estava diretamente ligada aos interesses da seita.

O ‘Caso Djidja’ ganhou notoriedade pelo uso da Ketamina em rituais que, segundo os promotores, visavam alcançar uma falsa sensação de plenitude espiritual. A audiência de instrução segue, com a expectativa de ouvir todas as testemunhas e acusados nas próximas sessões, devido ao grande número de envolvidos.


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