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Bomba: “enganou a polícia, colegas e a imprensa”: motorista de app forja desaparecimento em Manaus após dever agiotas

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"Enganou a polícia, colegas e a imprensa": motorista de app forja desaparecimento em Manaus após dever agiotas

Manaus – O que parecia ser mais um caso de desaparecimento em Manaus revelou-se uma armação engenhosa para escapar de dívidas com agiotas. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) desmascarou a farsa de Maxwell da Costa Barroso, 35 anos, motorista de aplicativo, que simulou seu próprio sumiço após contrair dívidas financeiras insustentáveis. A apuração foi conduzida pelo jornalista Josemar Antunes, e revelou detalhes surpreendentes.

No início, a farsa de Maxwell enganou não apenas as autoridades e a imprensa, mas também diversos amigos e familiares, que mobilizaram-se em buscas por ele, acreditando que estivesse em perigo.

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O caso Maxwell

No dia 3 de dezembro de 2024, Maxwell foi dado como desaparecido. A esposa do motorista, Simone, e o amigo Josefá, também motorista de aplicativo, participaram ativamente da trama, registrando um Boletim de Ocorrência (B.O.) e disseminando a falsa notícia do desaparecimento. A mobilização das autoridades foi intensa, envolvendo equipes da DEHS, do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMA) e da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães) da Polícia Militar. Buscas em áreas de mata na rodovia AM-010 chegaram a ser realizadas.

Porém, as investigações lideradas pela DEHS revelaram que Maxwell havia fugido para Santarém, no oeste do Pará. Enfrentando ameaças de credores e sem conseguir pagar suas dívidas, ele optou por forjar o desaparecimento como última saída para evitar confrontos.

Desdobramentos legais

Com a descoberta da farsa, Maxwell, Simone e Josefá agora enfrentam acusações por falsa comunicação de crime, previsto no artigo 340 do Código Penal Brasileiro. Este crime prevê pena de detenção de um a seis meses ou multa. A delegacia responsável pelo caso conduzirá os procedimentos necessários para responsabilizar o trio.

Impacto nas autoridades

A DEHS destacou que esta é a terceira comunicação falsa de desaparecimento ou sequestro registrada em menos de duas semanas. A delegada adjunta da especializada alertou sobre os prejuízos causados por esse tipo de ação, que mobiliza recursos públicos e desvia as autoridades de investigações reais. “A comunicação falsa de crime não é apenas um ato irresponsável, mas também um crime que prejudica toda a sociedade”, afirmou.

Um alerta para a sociedade

O caso Maxwell chama atenção para a importância de conscientizar a população sobre os impactos de acionar indevidamente os serviços de segurança. As autoridades reforçam que qualquer tentativa de forjar crimes ou desaparecimentos será tratada com o rigor da lei, como forma de garantir a credibilidade das investigações e a proteção da comunidade.

Com Maxwell localizado e os fatos esclarecidos, o caso segue como um exemplo dos riscos de se tentar enganar as autoridades, especialmente em um cenário em que os recursos públicos são limitados e a demanda por segurança é crescente.


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