As últimas palavras: Policial gravou stories reclamando do barulho do vizinho antes de ser assassinado; veja vídeo
Brasil – O policial militar Rafael Rodrigues Novais, assassinado na manhã desta quinta-feira (6/2) em São Paulo, deixou um último registro de sua frustração com o barulho em seu bairro. Em um story postado em seu Instagram, Rafael expressou seu descontentamento com os ruídos que perturbaram sua noite de sono, não imaginando que aquelas seriam suas últimas palavras gravadas.
“É, minha tropa, bom dia, bom dia. Mano, falar do seu povo aqui na Brasilândia tá ficando louco, caralho. É meu vizinho aqui, o alemão, escutando o som até duas horas da manhã, em plena quarta-feira, tá chapando. É minha mãe que ficou neurótica, que agora ligou a porra de um louvor aqui. Mas seis horas da manhã no quarenta, ou seja, ninguém dorme, nada contra louvor, até gosto, mas. Tem que se tocar, né? Seis horas da manhã você com louvor no quarenta, mano? Caralho. É o toro, ó. Também não deixa ninguém dormir aqui. Tá chapando também, ó. Tá foda, mano. Por isso que eu durmo na lata, mano. Tchau.”, disse Rafael em seu último vídeo antes de sair para confrontar seu vizinho, André Leandro De Souza Malta, sobre o prejuízo de R$300 causado pelo retrovisor quebrado.
O vídeo, que agora circula amplamente após a tragédia, retrata não só a insatisfação de Rafael com o barulho, mas também uma realidade comum em muitas comunidades urbanas brasileiras. A ironia trágica é que, ao tentar resolver um conflito menor, Rafael foi emboscado e assassinado por alguém que, até então, era apenas um vizinho com quem tinha uma desavença.
A comunidade e os seguidores de Rafael nas redes sociais estão em choque, lamentando a perda de um policial que, além de servir à comunidade, usava suas plataformas para compartilhar suas experiências como oficial. Muitos expressam indignação pela maneira como um conflito trivial escalou para uma situação tão fatal.
A morte de Rafael levanta questões sobre a segurança dos policiais fora do serviço, a cultura do barulho em áreas urbanas e como pequenas desavenças podem rapidamente se transformar em tragédias. A investigação prossegue, mas o vídeo serve como um lembrete da fragilidade da vida e da importância de resolver conflitos de forma pacífica.


