Amigo, estudioso e do bem: saiba quem era o psicólogo assassinado no Centro de Manaus
Manaus – O assassinato brutal do psicólogo e professor universitário Manoel Guedes Brandão Neto, de 42 anos, chocou familiares, amigos e alunos em Manaus. Conhecido como “Neto”, ele era descrito como uma pessoa alegre, estudiosa e de bom coração.
Formado em Psicologia e professor universitário, Neto também cursava Farmácia e administrava a página “Nação Amazonas” no Instagram, que reunia 193 mil seguidores. Na conta, ele compartilhava dicas sobre pontos turísticos, história, literatura, cultura e gastronomia do Amazonas.
Torcedor apaixonado do Palmeiras, Neto tinha como tradição assistir aos jogos com os amigos de infância no barzinho de sua vizinha, bem ao lado de sua casa. “Ele não era de sair para longe. Se o Palmeiras ganhasse, a rodada era por conta dele. Nunca brigou com ninguém, era um homem do bem”, contou um amigo próximo.
Morador do Centro, ele vivia a poucos metros de onde foi encontrado morto na manhã de segunda-feira (21), em uma área de mata na avenida Lourenço da Silva Braga, nas proximidades da antiga penitenciária Raimundo Vidal Pessoa.
Segundo informações preliminares, Neto havia saído de uma festa de aniversário de familiares na madrugada de domingo (20), por volta das 5h, mas não voltou para casa. Câmeras de segurança registraram sua última aparição com vida: ele caminha em frente a uma lanchonete por volta das 6h15 e, em seguida, começa a correr, como se tivesse percebido algum perigo.
O corpo foi localizado por um catador de latinhas, que prestou depoimento como testemunha. A cena foi isolada por policiais da 1ª e 24ª Companhias Interativas Comunitárias (Cicom). O Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) e o Instituto Médico Legal (IML) realizaram a perícia, mas ainda não divulgaram a causa exata da morte.
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o caso. Familiares de Neto acreditam que ele possa ter sido vítima de um crime motivado por homofobia. “Netinho nunca fez mal pra ninguém. O que fizeram com ele foi uma maldade sem tamanho”, desabafou uma vizinha.
A família, inconformada, prometeu buscar justiça até que o assassino seja encontrado.
O crime gerou forte comoção entre amigos e alunos da universidade onde Neto lecionava.