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Alvo da PF: saiba quem é ex-servidor da Funai preso por abus0 sexu4l de indígen4s em Nova Olinda do Norte

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Alvo da PF: saiba quem é ex-servidor da Funai preso por abus0 sexu4l de indígen4s em Nova Olinda do Norte

Amazonas – Gilmar Palheta Assunção, ex-servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) e presidente de uma organização indígena, foi detido pela Polícia Federal sob acusação de abuso sexual contra adolescentes e mulheres pertencentes a comunidades indígenas no Amazonas.

A investigação revelou que pelo menos 20 pessoas podem ter sido vítimas de Assunção, cuja exoneração ocorreu após as primeiras denúncias em setembro de 2023.

De acordo com as autoridades, o suspeito solicitava favores sexuais ou importunava as jovens e mulheres em troca de auxílio em processos de aposentadoria, benefícios sociais, abertura de contas bancárias e até mesmo para correções de dados cadastrais em órgãos públicos.

Assunção, que é declarado indígena da etnia Munduruku, ocupou o cargo de coordenador da Funai na região por mais de uma década, além de ser lotado na Secretaria de Educação do Estado do Amazonas (Seduc).

A ação da Polícia Federal, intitulada Operação Hipólita, é a terceira realizada em 2024 no combate aos abusos sexuais contra indígenas. Nesta quarta-feira (20), foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em desfavor do ex-servidor da Funai em Nova Olinda do Norte/AM.

Alguns dos abusos teriam ocorrido nas dependências da própria Fundação. O nome da operação faz referência à mitologia grega, onde Hipólita era líder das Amazonas, evidenciando a coragem e a força das indígenas de várias etnias da cidade de Nova Olinda do Norte ao denunciarem os crimes sexuais praticados pelo ex-servidor, que permaneceu na coordenação técnica local por mais de uma década.

Traumas

Uma vítima, que não quis se identificar, disse que guardou a violência que sofreu por seis anos, até descobrir que não foi a única.

“Meu filho precisava da documentação. Então, liguei pra ele pedindo para ele ajeitar, né? E ele pediu que eu fosse no outro dia lá. Eu fui. Entrei, fiquei em pé encostada na parede e ele trancou a porta. Ele veio na minha direção, prendeu meus dois braços e me agarrou, querendo me beijar”.

A Funai declarou que abriu um processo administrativo disciplinas e e que tem atuado para defender as mulheres indígenas no combate a crimes sexuais. A imprensa amazonense não conseguiu contato com a defesa de Gilmar Assunção.


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