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Unicef alerta: vítimas de violênc1a sexu4l chegam a 370 milhões; abus0s afetam inclusive meninos e homens

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Mundo – Enquanto o mundo finge estar em progresso, mais de 370 milhões de meninas e mulheres foram vítimas de estupro ou agressão sexual antes mesmo de completarem 18 anos. Este número assustador, divulgado pelo Unicef, representa uma em cada oito mulheres no planeta. Como chegamos a esse ponto? E pior: por que ninguém fala sobre isso?

Não bastasse a tragédia silenciosa entre meninas, o relatório ainda choca ao revelar que entre 240 e 310 milhões de meninos também sofreram violência sexual durante a infância. Sim, você leu certo. Meninos e homens, cerca de 1 em cada 11, passaram pelo mesmo pesadelo, e, ainda assim, o tabu permanece intocado. Será que a sociedade está confortável em varrer esse horror para debaixo do tapete?

Violência sexual “sem contato” também é violência

Os números se tornam ainda mais gritantes quando se incluem formas de violência sexual sem contato físico, como assédio verbal e online, que elevam o número de vítimas para 650 milhões. Quando essa atrocidade vai parar de ser ignorada? Enquanto conferências e promessas vazias são feitas, crianças continuam sendo abusadas, muitas vezes por pessoas próximas, em ambientes que deveriam ser seguros.

A África Subsaariana carrega o triste título de maior epicentro dessa violência, com 79 milhões de meninas e mulheres afetadas. Segue o leste e sudeste da Ásia com 75 milhões. E no Ocidente, estamos realmente imunes? Não. América Latina, Caribe, Europa e América do Norte também registram números alarmantes, mas os olhos continuam fechados.

Uma crise que afeta todos, mas é ignorada por muitos

A violência sexual infantil transcende fronteiras, culturas e classes sociais, mas a resposta mundial continua apática. Onde está a urgência que essa questão merece? Quando vamos parar de tratar esse problema como uma estatística distante e começar a agir de verdade? O impacto na vida dessas crianças é devastador, levando a traumas profundos, doenças sexualmente transmissíveis e problemas de saúde mental duradouros.

E se você acha que o pior já foi dito, saiba que muitos dos sobreviventes sequer revelam suas experiências, mantendo o abuso em segredo por medo, vergonha ou falta de apoio. E o que dizer dos meninos? A ausência de dados mais robustos sobre a violência sexual sofrida por eles só reforça o quão negligenciado é o tema. Afinal, por que é tão difícil falar sobre isso?

O que será necessário para que o mundo acorde?

Se o estigma e a falta de dados impedem uma compreensão completa dessa crise, o que mais precisa acontecer para que os líderes mundiais se mobilizem de verdade? As ações precisam ser imediatas e contundentes. Mais leis, mais proteção e, acima de tudo, mais coragem para encarar de frente o que a maioria prefere ignorar: o abuso sexual infantil é uma mancha irreparável na humanidade, e estamos todos sendo cúmplices.


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