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Presidente da Coreia do Sul se desculpa após tentativa de golpe de Estado

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Presidente da Coreia do Sul se desculpa após tentativa de golpe de Estado

Mundo – Neste sábado (7), o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, surpreendeu o país ao pedir desculpas públicas pela declaração de lei marcial feita na última terça-feira. Em um breve discurso transmitido pela imprensa nacional, Yoon reconheceu o erro e anunciou que deixará nas mãos de seu partido a decisão sobre seu futuro no poder.

“Peço sinceras desculpas por causar preocupação e inconveniência ao público”, afirmou Yoon, visivelmente abatido. Ele fez sua primeira aparição pública desde que a lei marcial foi suspensa, na última quarta-feira.

O presidente justificou a medida drástica como uma resposta a um “senso de urgência” diante de uma suposta ameaça à estabilidade nacional. Contudo, evitou detalhar os motivos concretos que o levaram à decisão, que foi amplamente criticada por líderes políticos, militares e pela sociedade civil.

Uma crise política sem precedentes

A declaração da lei marcial gerou indignação imediata. Nas ruas, manifestações tomaram conta das principais cidades do país, com cidadãos exigindo a renúncia de Yoon. A oposição no Parlamento, que detém maioria, reagiu com uma moção de impeachment que será votada ainda hoje, às 19h (7h de Brasília).

Para que o impeachment seja aprovado, é necessário o apoio de dois terços dos parlamentares. A oposição, com 192 assentos dos 300, precisa de apenas oito votos adicionais do Partido do Poder Popular (PPP), ao qual Yoon pertence, para destituí-lo.

Mesmo dentro do PPP, as críticas ao presidente são crescentes. Han Dong-hoon, líder do partido governista, pediu a suspensão imediata de Yoon e sugeriu que sua renúncia é inevitável. “Proteger a República da Coreia e seu povo deve ser nossa prioridade”, declarou Han, enfatizando que o partido deliberará sobre o tema antes da votação.

Entre analistas políticos, a tentativa de Yoon de declarar lei marcial é vista como uma grave ruptura com as normas democráticas da Coreia do Sul, levantando preocupações sobre o enfraquecimento das instituições democráticas do país. Especialistas apontam que o episódio pode ter consequências de longo prazo para a estabilidade política e a confiança pública no governo, além de expor fissuras profundas entre as forças armadas e o poder civil. Enquanto isso, protestos continuam nas ruas de Seul e outras grandes cidades, com os cidadãos exigindo reformas que garantam maior transparência e limites claros ao poder presidencial.


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