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Macron pede para que empresas da União Europeia suspendam investimentos nos EUA; veja vídeo

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Macron pede para que empresas da União Europeia suspendam investimentos nos EUA; veja vídeo

Mundo – Em uma resposta contundente às novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o líder francês Emmanuel Macron fez um apelo às empresas da União Europeia (UE) para que suspendam temporariamente seus investimentos no país norte-americano. A declaração dada durante uma reunião com representantes da indústria francesa no Palácio do Eliseu, em Paris, reflete a crescente tensão comercial entre os dois blocos econômicos e sinaliza uma possível escalada no embate transatlântico.

Macron justificou sua posição ao questionar a lógica de permitir que grandes empresas europeias invistam bilhões de euros na economia americana enquanto os EUA aplicam medidas protecionistas que afetam diretamente a Europa. “Qual seria a mensagem se os principais atores europeus começassem a investir bilhões na economia americana no momento em que eles estão nos prejudicando?”, indagou o presidente francês, destacando a necessidade de “solidariedade coletiva” entre os países da UE.

O apelo vem semanas após anúncios de investimentos significativos por parte de companhias francesas nos EUA, como os 20 bilhões de euros prometidos pela gigante de transporte marítimo CMA CGM para infraestrutura logística e os 700 milhões de dólares da Schneider Electric em projetos de energia voltados à inteligência artificial. Esses planos, agora sob escrutínio, foram celebrados por Trump em seu discurso ao anunciar as tarifas, o que intensificou a percepção de provocação por parte de Macron.

As tarifas americanas, que entraram em vigor em 9 de abril, impõem uma sobretaxa de 20% sobre as importações da UE, parte de uma política mais ampla que inclui taxas ainda mais altas para parceiros comerciais com maior déficit em relação aos EUA, como a China, que enfrenta 54%. Para Macron, essas medidas são “brutais e infundadas” e terão um “impacto massivo” na economia europeia, além de enfraquecer os próprios americanos no longo prazo. “Os americanos sairão mais pobres e debilitados”, previu.

O presidente francês também defendeu uma resposta coordenada da UE, alertando contra iniciativas isoladas de países membros que possam buscar acordos individuais com Washington. Ele sugeriu que o bloco avalie todas as opções de retaliação, incluindo o uso do mecanismo europeu anticoerção — uma ferramenta criada em 2023 para proteger o comércio do bloco, mas ainda não utilizada — e medidas direcionadas ao setor de tecnologia e aos mecanismos financeiros americanos, áreas em que os EUA têm forte presença na Europa.





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