Macron dissolve parlamento e convoca eleições legislativas antecipadas na França
Mundo – O presidente da França, Emmanuel Macron, dissolveu o parlamento do país, a Assembleia Nacional, e convocou eleições legislativas antecipadas depois que uma pesquisa de boca de urna mostrou que seu partido Renascimento deve ser derrotado pela oposição de extrema direita nas eleições parlamentares europeias no domingo (9).
Após projeções iniciais, o partido de extrema direita União Nacional (RN) saiu no topo com 31,5% dos votos, mais que o dobro da participação do Renascimento, que ficou em segundo lugar em 15,2% dos votos, logo à frente dos socialistas, em terceiro com 14,3% dos votos.
Em um discurso de comemoração após a publicação da pesquisa, o líder do RN, Jordan Bardella, pediu a Macron que dissolvesse o parlamento francês, chamando a diferença entre os dois partidos de uma “desaprovação contundente” para o presidente.
“Essa derrota sem precedentes para o atual governo marca o fim de um ciclo e o Dia 1 da era pós-Macron”, disse Bardella a uma audiência estridente na sede do RN.
Dentro de uma hora, Macron fez um discurso nacional, anunciando que dissolveria a câmara baixa francesa e realizaria eleições legislativas. O primeiro turno será realizado em 30 de junho, com um segundo turno em 7 de julho, disse Macron.
“Decidi devolver a vocês a escolha do seu futuro parlamentar por meio do voto. Portanto, estou dissolvendo a Assembleia Nacional esta noite”, disse Macron no anúncio surpreendente.
“Esta decisão é séria, pesada. Mas é, acima de tudo, um ato de confiança. Confiança em vocês, meus caros compatriotas. Na capacidade do povo francês de tomar a decisão mais justa”, acrescentou o presidente francês.
No sistema francês, as eleições parlamentares são realizadas para eleger os 577 membros da câmara baixa, a Assembleia Nacional. Eleições separadas são realizadas para escolher o presidente do país, que não estão agendadas novamente até 2027.
Nas últimas eleições legislativas realizadas em 2022, a coalizão Ensemble, incluindo o partido Renascimento de Macron, não conseguiu uma maioria geral e teve que buscar ajuda em outro lugar.
* Com informações da CNN