Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, diz que EUA não têm medo de usar poder econômico e militar em defesa da liberdade
Mundo – A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta terça-feira (9) que o presidente Donald Trump está disposto a utilizar o peso econômico e até mesmo o poderio militar dos Estados Unidos para garantir a defesa da liberdade de expressão em nível global.
Em coletiva, Leavitt destacou que a liberdade de expressão é um valor central para o governo americano e que o país não hesitará em agir diante de violações.
“A liberdade de expressão é, sem dúvida, a questão mais importante do nosso tempo. Ela está consagrada em nossa Constituição, e o presidente acredita fortemente nela. O presidente não tem medo de usar o poder econômico e militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, declarou a porta-voz.
Relação com o Brasil
O pronunciamento ocorreu em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele e outros sete réus enfrentam acusações relacionadas à tentativa de golpe de Estado.
Questionada sobre possíveis novas sanções contra o Brasil, Leavitt disse que, por enquanto, não há previsão de medidas adicionais, mas lembrou que Washington já impôs sanções e tarifas em resposta ao que considera ataques às liberdades individuais no país.
“Medidas significativas já foram tomadas pelo governo americano em relação ao Brasil para garantir que países ao redor do mundo não estejam punindo seus cidadãos dessa forma”, reforçou.
Apoio de Trump a Bolsonaro
A fala da porta-voz também ecoa declarações recentes de Donald Trump. O presidente americano já havia criticado duramente a condução política no Brasil, classificando o governo atual como “muito à esquerda radical” e acusando o país de promover uma “execução política” contra Bolsonaro.
“Ele [Jair Bolsonaro] é um homem honesto. Acho que o que eles estão fazendo é uma execução política. Isso é terrível”, disse Trump em conversa com jornalistas na Casa Branca.
Contexto do julgamento
No STF, o ministro Alexandre de Moraes pediu a condenação de Bolsonaro por cinco crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Enquanto isso, a Casa Branca deixa claro que acompanhará de perto os desdobramentos em Brasília, sinalizando que a relação bilateral poderá ser impactada pela decisão do tribunal.



