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Justiça turca absolve centenas de condenados por conspirar contra Erdogan

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ISTAMBUL — Condenadas à prisão por tentativa de golpe de Estado em 2013, centenas pessoas tiveram nesta quinta-feira suas penas revogadas pelo principal tribunal de apelação da Turquia. A decisão sobre os 275 condenados do caso Ergenekon foi justificada pela falta de provas sobre a existência de uma organização terrorista contra o governo do então primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, que hoje é presidente do país.

Esta é a mais recente decisão sobre um caso que provocou a detenção de 275 pessoas, incluindo militares, jornalistas, juristas e acadêmicos, por suposta conspiração contra Erdogan. Dentre os condenados, incluíam-se dezenas de oficiais de alta patente.

O tribunal não considerou admissível a existência de nenhuma organização terrorista Ergenkon e afirmou que continua incerto em que condições ela teria se formado. Em comunicado, a Justiça disse que não há provas de seus crimes nem de nenhuma estrutura hierárquica, sendo seu líder também desconhecido.

Foram considerados ilegais as escutas realizadas pelo serviço de inteligência, os depoimentos de testemunhas e as operações que serviram de base ao julgamento da corte inferior.

Muitos acusados foram absolvidos nos meses posteriores à condenação, depois que a justiça reconheceu que seus direitos foram violados. No entanto, em muitos casos, permaneciam sob ordem de não sair do país e pediam a restituição de sua reputação.

Partidários de Erdogan acusaram o pregador Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, ex-aliado de Erdogan e atualmente seu inimigo, de tentar fragilizar o exército com a fabricação de provas contra os oficiais para o julgamento.

Depois do anúncio da decisão, o vice-premier da Turquia, Yalcin Akdogan, acusou no Twitter a rede de seguidores de Gulen de ter envenenado o processo judicial com provas fabricadas.





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