Departamento de Estado dos EUA cogita revogar vistos de estrangeiros que zombaram do assassinato de Charlie Kirk

Por Gomes em 12 de setembro de 2025 às 7:33

Mundo – O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (11) que poderá revogar vistos já emitidos ou negar novas solicitações de estrangeiros que tenham celebrado ou feito pouco caso do assassinato do ativista conservador Charlie Kirk nas redes sociais. A medida foi confirmada pelo vice-secretário de Estado, Christopher Landau, em publicação no X (antigo Twitter).

Landau afirmou que ficou “enojado” ao ver mensagens elogiando ou racionalizando o crime. Segundo ele, autoridades consulares foram orientadas a “tomar as medidas cabíveis” diante de situações desse tipo. “Sinta-se à vontade para me informar sobre tais comentários de estrangeiros para que o @StateDept possa proteger o povo americano”, escreveu.

Um porta-voz do Departamento de Estado reforçou que os Estados Unidos não devem conceder vistos a pessoas cuja presença seja considerada incompatível com os interesses de segurança nacional.

Histórico de medidas semelhantes

Essa não é a primeira vez que o governo Trump adota políticas rígidas em relação a manifestações online de estrangeiros. Desde 2023, o Departamento de Estado tem utilizado ferramentas de inteligência artificial para monitorar redes sociais de solicitantes de visto, verificando conteúdos classificados como antissemitas, antiamericanos ou de apoio a grupos extremistas.

No início de 2025, o secretário de Estado Marco Rubio já havia anunciado que estudantes internacionais e outros cidadãos estrangeiros que demonstrassem apoio ao Hamas poderiam perder seus vistos.

Polêmica jurídica

Especialistas em direitos civis alertam que tais políticas podem esbarrar em questões de liberdade de expressão e devido processo legal, já que a Primeira Emenda da Constituição dos EUA protege manifestações políticas, ainda que impopulares ou polêmicas.

O governo, no entanto, sustenta que a concessão de vistos é um privilégio discricionário do Estado norte-americano e não um direito garantido a cidadãos estrangeiros.

Com o endurecimento das regras, cresce a expectativa de que novos debates judiciais sejam travados nos próximos meses, especialmente à medida que casos concretos de revogação de vistos venham à tona.

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