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Autora de atentado que matou filha de Dugin é identificada como militar ucraniana, afirma serviço de inteligência russo

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Autora de atentando que matou filha de Dugin é identificada como militar ucraniana, afirma serviço de inteligência russo

Mundo – Natalia Vovk: assim se chama, de acordo com as autoridades russas, a mulher ucraniana responsável pelo ataque que conduziu Darya Dugina à morte. O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) acusou os serviços especiais ucranianos de planearem e concretizarem o assassinato da filha do ideólogo russo ultranacionalista, Aleksandr Dugin, informou a agência de notícias Interfax.

A Ucrânia já tinha rejeitado o envolvimento no homicídio ocorrido na noite de sábado, nos arredores de Moscovo. O veículo da comentadora política e filósofa russa tinha sido artilhado com bomba. Os investigadores russos afirmaram agora que o assassinato de Darya Dugina foi preparado e realizado por agentes dos serviços especiais da Ucrânia, que terão viajado para a Estónia após o ataque. O FSB detalhou que o ataque foi realizado por uma mulher ucraniana nascida em 1979. De acordo com a história contada pelas autoridades russas, a mulher, Natalia Vovk, e a sua filha adolescente chegaram à Rússia a 23 de julho e passaram um mês a preparar o ataque. Para isso, alugaram um apartamento no mesmo bloco habitacional de Darya Dugina e investigaram o estilo de vida da filha do intitulado “cérebro de Putin”.

A autora do homicídio terá participado num evento nos arredores de Moscovo na noite de sábado, no qual Darya Dugina e o pai se encontravam presentes. Depois, terá provocado uma “explosão controlada” do carro em que Dugina seguia e terá fugido da Rússia para a Estónia, segundo o FSB. Em 2014, Dugin disse à BBC que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia era “inevitável” e pediu a Putin que interviesse militarmente “para salvar a autoridade moral da Rússia”. Darya Dugina, de cerca de 30 anos, seguiu os passos do pai como comentadora ultranacionalista que promove a ideia de uma Rússia imperialista e agressiva, e aparecia com frequência na televisão estatal.

Fontes próximas à comentadora foram rápidas a culpar a Ucrânia pelo ataque, e alguns dos elementos do seu círculo mais íntimo apelaram mesmo a que fossem iniciados ataques de retaliação contra o país. O Kremlin ainda não comentou o atentado. “O assassinato da minha filha foi um ato terrorista do régime ucraniano nazi” O pai de Darya Dugina, Aleksandr Dugin, já reagiu à morte da filha, tendo considerado o óbito produto de “um ato terrorista do régime ucraniano nazi”. O filósofo russo afirmou ainda: “A minha filha foi brutalmente assassinada à minha frente. Ela era uma linda mulher ortodoxa, patriota, repórter de guerra, especialista em televisão e filósofa. Só precisamos da nossa vitória. A minha filha sacrificou a sua jovem vida. Então, por favor, conquiste-a!” É uma narrativa que tem encontrado adeptos entre os principais protagonistas da comunicação social russa.

Algumas personalidades dos ‘media’ estatais russos estão a apelar a que sejam realizados ataques contra “centros de tomada de decisão” na Ucrânia, após a morte de Darya Dugina. Fúria e apelo à vingança nos órgãos de comunicação estatais russos Nesta manhã, o programa “Time Will Tell” da televisão pública russa prestou homenagem a Dugina, uma convidada regular. “Ela morreu pela ideia do ‘Mundo Russo’”, disse a apresentadora Olesya Loseva. Um convidado em estúdio sugeriu que a resposta fosse uma “santa fúria”, e o programa prosseguiu mostrando uma fotografia de morteiros pertencentes às forças pró-russas na Ucrânia. Em algumas das peças de guerra podia ler-se: “Isto é para Darya!”

Se o assassinato de Dugina pretendia intimidar a Rússia, gritaram vários convidados, “terá o efeito oposto”. Margarita Simonyan, editora-chefe do canal televisivo RT, apoiada pelo Kremlin, escreveu no Telegram quais os alvos que deveriam ser definidos na Ucrânia: “Centros de decisão! Centros de decisão! Centros de decisão!!!” Em resposta à publicação, Volodymyr Rogov, um funcionário pró-Rússia que trabalha numa região ocupada da Ucrânia, partilhou as moradas do serviço de segurança da Ucrânia (SBU), da administração presidencial e da direção dos serviços secretos.

Com informações via Open Online


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