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Argentina oferece refúgio a opositores de Maduro na Venezuela

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Mundo – Em meio a uma escalada de tensão diplomática entre Argentina e Venezuela, o governo argentino, comandado por Javier Milei, anunciou na terça-feira, 26 , que concedeu refúgio a líderes da oposição venezuelana na Embaixada da Argentina em Caracas. Esta decisão foi tomada após relatos de “atos de assédio e perseguição” contra políticos opositores no país vizinho.

A residência do embaixador argentino em Caracas tornou-se um local de refúgio para líderes políticos venezuelanos ligados à oposição, que enfrentavam ameaças e intimidações.

Embora as identidades desses líderes não tenham sido reveladas oficialmente, relatos da imprensa indicam que seis ativistas associados à líder opositora María Corina Machado buscaram abrigo na sede diplomática.

Em um comunicado oficial, a Casa Rosada, sede do governo argentino, denunciou a interrupção do fornecimento de energia à embaixada logo após a entrada dos opositores. As autoridades argentinas expressaram preocupação com esse incidente e emitiram um alerta ao governo venezuelano, ressaltando a obrigação do Estado receptor de garantir a segurança do pessoal diplomático argentino e dos cidadãos venezuelanos sob proteção.

“Nós alertamos o governo da Venezuela para qualquer ação deliberada que coloque em risco a segurança do pessoal diplomático e dos cidadãos venezuelanos sob proteção”, afirmou o comunicado oficial.

A Argentina lembrou ao governo de Nicolás Maduro a responsabilidade de preservar a tranquilidade e a dignidade das instalações diplomáticas estrangeiras, conforme estipulado pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

O governo de Nicolás Maduro não comentou publicamente a ação do governo de Javier Milei.

Segundo a imprensa, Magalli Meda, braço direito de María Corina, está entre os opositores que pediram proteção. Sete colaboradores de María Corina foram presos na Venezuela sob a acusação de terem planos “desestabilizadores” contra o governo de Maduro, e outros sete, incluindo Magalli, são alvo de mandados de prisão.

“O presidente Javier Milei pede que o socialista Nicolás Maduro garanta a segurança e o bem-estar do povo venezuelano e convoque eleições transparentes, livres, democráticas e competitivas”, conclui o comunicado.

As tensões entre a Argentina e a Venezuela têm aumentado desde a ascensão ao poder de Milei, economista ultraliberal de extrema direita que descreveu Maduro como um “socialista empobrecedor”.

Em janeiro, um mês depois de assumir a presidência, Milei deu aos Estados Unidos um avião ao venezuelano da empresa Emtrasur, ligada à Guarda Revolucionária Iraniana, que havia sido confiscada pela justiça argentina quando pousou em Buenos Aires há dois anos. Em retaliação, o governo Maduro proibiu o uso de seu espaço aéreo para aeronaves argentinas até ser indenizado pela apreensão do avião.


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