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Antes invulnerável, Trump tenta se reerguer após falhas na campanha

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WASHINGTON – Se há poucas semanas parecia que Donald Trump era invulnerável a suas gafes e declarações imprecisas, o fenômeno criado pelo magnata sofre uma série de baques que, em outras circunstâncias, teriam derrubado candidatos mais convencionais antes mesmo do início das primárias. A derrota no Wisconsin pode mostrar o destino da trajetória do bilionário após ser questionado por falas controversas, ataques pessoais a rivais, problemas em sua equipe de campanha e a incapacidade em demonstrar uma plataforma política sólida.

Após meses de declarações minimizando o direito das mulheres de receber oportunidades e salários equivalentes aos dos homens no mercado de trabalho, Trump foi criticado por rivais de todos os lados do espectro político ao defender a punição às mulheres que fazem abortos — e voltar atrás no mesmo dia. Ele ainda ameaçou revelar “verdades” sobre a mulher do rival Ted Cruz, Heidi, e insinuar que ele a trai. Seus índices de apoio entre as mulheres caíram drasticamente desde então, e ele pediu desculpas pela provocação. Antes da derrota no Wisconsin, para reforçar sua imagem, trouxe a mulher, Melania, para discursar a seu favor.

— As mulheres são o maior grupo de eleitores no país. O problema de gênero está emergindo como problema crítico no país, mas ele tem sido muito provocador — disse o analista David Winston, consultor de líderes do partido no Congresso.

Já a violência em seus comícios chegou ao ápice quando o chefe de sua campanha, Corey Lewandowski, foi indiciado por agressão após segurar uma repórter à força pelo braço e impedi-la de seguir o magnata. Trump também é criticado por provocar manifestantes.

Mas ele também mostrou vulnerabilidade ao evitar ou dar respostas equivocadas em termos de política externa e relações internacionais, sendo intimidado por perguntas de jornalistas do “Washington Post” e do “New York Times”.

— Ou descobrimos nestas últimas semanas que Trump tem dificuldades insuperáveis, ou que só agora ele e sua equipe notaram que precisam melhorar. Se conseguir se tornar um candidato profissional, será formidável. Se não, não será o representante do partido (nas eleições de novembro) — disse o ex-presidente da Câmara dos Representantes Newt Gingrich.

Temerosos da escolha de um candidato tão longe dos padrões republicanos, caciques do partido e rivais lançaram várias campanhas tentando enfraquecer sua imagem, incluindo um comitê de arrecadação contra ele. Líderes disseram que votarão em Cruz para retardar o avanço de Trump.

Lewandowski insistiu que não haverá mudança de estratégia. Mas outros sinais além do apoio de sua mulher surgem: Trump trouxe um experiente consultor ligado ao Partido Republicano e começou a explicar em termos logísticos como forçaria o México a pagar o muro que ele quer construir na fronteira. Em outra frente, já prepara discursos sobre reforços nas Forças Armadas, na educação e sobre como faria sua escolha para preencher a atual vaga aberta na Suprema Corte. Outras mudanças na equipe são esperadas.





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