Qualidade do ar em Manaus continua uma das piores do mundo nesta quinta-feira (12)
Manaus – A capital do Amazonas, Manaus, enfrentou um dos piores episódios de qualidade do ar no mundo na última quarta-feira(11), com níveis alarmantes de poluição registrados às 12h50 no horário local. A cidade amazônica apresentou uma concentração de 387 microgramas de poluentes por metro cúbico, de acordo com dados fornecidos pela plataforma World Air Quality Index, alertando para graves impactos na saúde dos moradores da região. Em comparação, a cidade de São Paulo registrou 122 microgramas de poluentes por metro cúbico no mesmo horário.
Nesta quinta-feira (12), apesar da rápida chuva, a situação em Manaus continua ruim, marcando 287 microgramas de poluentes por metro cúbico, às 14:10. Veja gráfico:
Esses níveis alarmantes de poluição são atribuídos às contínuas queimadas que têm assolado o estado do Amazonas, deixando a cidade coberta por uma densa camada de fumaça em setembro e outubro.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontou que, nos últimos dois dias, foram detectados um total de 504 focos de queimadas no Amazonas, sendo que o município de Autazes, localizado a 111 quilômetros de Manaus, contabilizou 105 focos, o que representa impressionantes 20,8% do total de registros no estado.
Essa situação preocupante é resultado de uma prolongada seca que tem afetado a região, com um nível significativamente baixo de precipitação. Em resposta a essa crise, uma equipe liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, do PSB, viajou até o Amazonas no dia 4 de outubro para anunciar uma série de medidas de combate à seca que atinge o estado.
No anúncio realizado em Manaus, o vice-presidente Alckmin detalhou o repasse de R$ 138 milhões para a dragagem dos rios Madeira e Solimões, além de auxílio humanitário e um reforço nas operações de combate a incêndios. O governo também está avaliando a possibilidade de conceder indenizações para os pescadores que foram prejudicados durante esse período crítico.
A crise de seca e as queimadas têm afetado cerca de 58 cidades nos estados do Amazonas, Acre e Rondônia, levando o governo a adiantar o pagamento do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para os moradores dessas regiões, na tentativa de amenizar o impacto das condições climáticas adversas.