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Resgate de Marcola: saiba como PCC usaria técnica do ‘novo cangaço’ para invadir penitenciária

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Brasil – O PCC (Primeiro Comando da Capital) planejava usar uma tática aos moldes do chamado “novo cangaço”, com criminosos armados com fuzis e explosivos, para resgatar Marco Willians Herba Camacho, o Marcola, quando ele ainda estava no presídio federal de Brasília, indicam investigações da Polícia Federal e do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

Após a Operação Anjos da Guarda, deflagrada pela PF, na semana passada, a estratégia de planos de resgates de presos importantes para o PCC, ficaram mais evidentes.

As investigações que culminaram na prisão da advogada Kássia Regina Brianez Trulha de Assis, em Três Lagoas, revelaram que os criminosos tinham até mesmo um “plano suicida”, com uma rebelião, como a última alternativa para resgatar os integrantes da facção, dentre eles o próprio ‘Marcola’, maior liderança do grupo e que está recolhido em penitenciária federal de Porto Velho.

O especialista no combate às ações chamadas de ‘novo cangaço’ e ‘domínio de cidades’, tenente-coronel Vinicius de Souza Almeida, que comanda o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) de Mato Grosso do Sul, revelou que a técnica utilizada pelos integrantes de facções para resgatar presos é a mesma para roubos à banco.

“A única diferença [nesse tipo de ação em comparação com crimes para roubar instituições financeiras] é o alvo. Em vez de dinheiro, esses grupos miram a retirada de presos”. Segundo ele, os criminosos pensam todos os detalhes das ações durante meses e até anos, calculando cada movimento de ação e possível reação às forças de segurança pública.

“Os criminosos pensam nos mínimos detalhes. Inclusive, estudam qual o poder de fogo das forças de segurança, rotas de fuga e possíveis imprevistos. Mas não tem como saber o resultado de uma ação que não chegou a ocorrer”, explicou o comandante.

O especialista deu entrevista sobre o assunto ao site do uol. Segundo Souza as forças de segurança estaduais possuem um planejamento de defesa para essas situações, além de realizar ações dentro das unidades federais que ajudam a dificultar o trabalho das facções para resgate de presos.


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