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Relator da CPI dos Correios diz que não pediu impeachment de Lula porque não tinha voto

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BRASÍLIA – O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou nesta quinta-feira que não pediu o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no relatório final da CPI dos Correios porque não tinha votos para aprovar. Ele fez elogios à condução feita pelo senador Delcídio Amaral na presidência da comissão e se disse surpreso com a delação premiada do petista, cujo parte do conteúdo foi revelada pela revista Isto É.

– Ele atuou muito bem naquela época. Não sei se eu não tinha inteligência para perceber, mas a CPI foi a frente porque ele sabia empurrar, foi um engenheiro daquilo, tanto que ele enfrentou o PT várias vezes – disse Serraglio.

Ele destacou que manteve em seu relatório as citações ao ex-presidente e também a um dos filhos, Fábio Luís, o Lulinha. No caso do filho, não houve pedido de indiciamento, mas Serraglio ressalta que houve uma recomendação para que o Ministério Público prosseguisse com as investigações. Sobre o impeachment, ressaltou que a divisão de votos na CPI poderia fazer com que todo o trabalho fosse perdido e a comissão terminasse sem um texto final.

– Não tinha voto. Nós fomos até onde deu. Se o relatório não fosse aprovado ele seria lacrado e nada aconteceria, então acho que o meu relatório foi um documento fiel do que aconteceu – afirmou.

Serraglio disse que nunca houve pressão direta, mas que cada passo da investigação, como aprovação de requerimentos, dependia da luta política na comissão.


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