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Após acabar em Manaus, livraria Saraiva demite funcionários e fecha últimas 5 lojas pelo Brasil

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Após acabar em Manaus, livraria Saraiva demite funcionários e fecha últimas 5 lojas pelo Brasil

Brasil – Uma triste notícia para os amantes de livros e leitores ávidos marcou o cenário literário nesta semana. A Livraria Saraiva, que já foi a maior rede de livrarias do Brasil, com cerca de 100 unidades espalhadas pelo país, demitiu os funcionários de suas últimas cinco lojas na última quarta-feira (20), selando o fim de uma era. Entre essas lojas, uma delas era a emblemática unidade de Manaus, localizada no Manauara Shopping, que encerrou suas atividades em junho de 2023 após 14 anos de funcionamento.

A trajetória da Saraiva, que já teve seu auge e desempenhou um papel fundamental na disseminação da cultura e da literatura no Brasil, agora toma um novo rumo. Com a demissão dos funcionários de suas últimas lojas, a empresa está restringindo sua operação exclusivamente ao comércio eletrônico.

A decisão de encerrar as atividades em Manaus já estava prevista desde 2021 e fazia parte de um novo plano de recuperação judicial da empresa, que foi aprovado para garantir sua sobrevivência em meio a dificuldades financeiras. Esse plano de recuperação prevê a venda de parte das operações da Saraiva como forma de levantar recursos para pagar dívidas e gerar caixa. Das 38 lojas em operação em todo o país, a empresa listou 23 que podem ser vendidas, incluindo a unidade do Manauara Shopping.

A loja de Manaus, inaugurada em abril de 2009, deixou saudades em muitos corações. Nas redes sociais, internautas expressaram desânimo com a notícia do fechamento, compartilhando lembranças e experiências positivas que tiveram no local. Muitos lembraram de levar seus filhos para a Saraiva, considerando o lugar mágico e repleto de livros. Outros destacaram a importância da livraria em suas formações acadêmicas, afirmando que conseguiam encontrar todos os livros que precisavam ali.

A trajetória recente da Saraiva tem sido marcada por desafios financeiros. Em 2018, a rede fechou 20 lojas em um mesmo dia, deixando-a com 84 unidades e um site. Um mês depois, entrou com pedido de recuperação judicial, com uma dívida de R$ 674 milhões na época. Nos anos seguintes, a empresa continuou fechando lojas em um esforço para se reerguer.

Nesta semana, a empresa também enfrentou turbulências internas quando alguns conselheiros renunciaram e fizeram acusações contra os controladores da empresa em uma carta enviada a Olga Maria Barbosa Saraiva, presidente do Conselho de Administração.

A Saraiva terá uma Assembleia Geral Especial de Preferencialistas (Agesp) agendada para a sexta-feira (22), onde uma das discussões previstas é a transformação das ações preferenciais em ações ordinárias. Isso poderia resultar na transferência do controle da empresa, atualmente nas mãos da família Saraiva, para os principais acionistas preferenciais que devem investir no modelo e-commerce.

 


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