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Após jantar com Dilma, PDT deve apoiar volta da CPMF

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BRASÍLIA — Após jantar com a presidente Dilma Rousseff, no qual ela pediu apoio à recriação da CPMF, o PDT sinalizou que deverá apoiar a volta do imposto. Segundo o ministro das Comunicações, André Figueiredo, devido à crise que o país enfrenta e ao caráter transitório da contribuição, não apenas seu partido, mas outros aliados tendem a subscrever a proposta do governo. Figueiredo afirmou ao GLOBO por telefone que Dilma fez uma longa explanação sobre a situação econômica do país, tentando convencer os 14 parlamentares pedetistas e o próprio ministro da necessidade de uma nova fonte de arrecadação. Segundo o ministro, Dilma disse acreditar que o imposto é chave para a retomada do crescimento e que a guinada econômica pode acontecer ainda este ano.

— A CPMF vai ser discutida dentro do PDT, mas a tendência é que o PDT feche (pela criação), por ser temporário. Vários partidos já sinalizam com esse posicionamento. A situação que o Brasil passa requer sacrifícios. É claro que a CPMF é um acréscimo dentro do orçamento do povo brasileiro, mas até certo ponto é um imposto justo porque incide mais sobre quem ganha mais — pontuou.

O PDT, que foi o berço político de Dilma, também ficou de discutir internamente sobre a reforma da Previdência e propor pontos para o debate.

— A questão da idade mínima pode ser discutida com um prazo de transição _—exemplificou Figueiredo, que até o ano passado era líder do partido na Câmara.

Além desses dois assuntos, Dilma também pediu apoio do partido contra o projeto que tira da Petrobras a exclusividade na exploração do pré-sal, aprovado no Senado e que agora segue para a Câmara. Esse é um tema caro para os pedetistas, que se comprometeram com Dilma em lutar pela reprovação da pauta. Segundo participantes do jantar, o tema impeachment não foi tratado durante o jantar.

Participaram do encontro no Palácio da Alvorada os dois senadores do PDT, Acir Gurgacz e Telmário Mota, doze deputados, os ministros Figueiredo, Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo). O jantar durou cerca de 3,5 horas.


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