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Manaus

A última corrida: maratona clandestina mat4 jovem com novo desafio; veja o vídeo

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Brasil – O jovem, Bruno Teixeira, de 26 anos, morreu durante uma maratona de corrida clandestina em Barueri, na Grande São Paulo, em junho deste ano. O laudo médico apontou que o jovem corredor sofreu um infarto agudo e foi provocado por ”esforço excessivo”, que pode ter sobrecarregado o músculo cardíaco.

Segundo familiares, Bruno era corredor amador e não tinha preparo físico para participar de uma maratona. No entanto, diz a família, ele foi levado a acreditar que deveria “desafiar seus limites”. A corrida foi organizada por pessoas ligadas ao coach Pablo Marçal.

A morte de Bruno aconteceu no dia 5 de junho, quando um grupo com cerca de 30 pessoas se encontrou na sede da empresa Plataforma Internacional, que pertence a Marçal, com o desafio de correr 21 km.

Em suas redes sociais, o jovem contou que os organizadores decidiram, na última hora, ampliar o percurso de 21 km para 42 km.

“Inventaram de correr 21 km hoje. Tem gente dizendo que vai ser 42 km, eu não sei não”, diz ele em um vídeo.

A vítima filmou parte do trajeto, que teve entre os participantes o educador físico Marcelo Lopes, treinador de Marçal. No Instagram, Bruno chegou a dizer que precisou parar por um instante porque sentiu um formigamento nos pés.

Depois de completar 15 km de corrida, o jovem teve uma parada cardíaca e foi levado por alguns participantes para o Hospital Albert Einstein, onde morreu. Segundo a família, ele não tinha nenhum problema de saúde.

Veja o vídeo:

Negligência e imprudência

Para a família, o laudo comprova as suspeitas de que Bruno foi vítima de imprudência e negligência por parte dos organizadores da corrida. “Não havia nenhum tipo de suporte médico ou de bombeiros para socorrer meu irmão. Além disso, o tempo não era favorável à realização desse tipo de evento, que não deveria ter acontecido”, disse Luciano Teixeira, irmão de Bruno.

O laudo indica, ainda, que o resultado do exame toxicológico teve resultado negativo para todas as substâncias pesquisadas. “Nós já sabíamos que nada seria encontrado, mas foi um alívio receber a confirmação médica”, afirmou.

Luciano acredita na ligação de Pablo Marçal com a maratona em que seu irmão morreu. “Além de o evento ter sido marcado na plataforma da empresa de Pablo, dois dias antes ele participou de corrida idêntica em Porto Feliz (SP).”

O que diz Pablo

Em nota ao Metrópoles nesta sexta-feira, o advogado do coach, Tassio Renam, afirmou que todos “continuam consternados com essa fatalidade” e que o laudo não “trará paz para a família, que busca respostas”.

Para o advogado de Pablo, não houve maratona, mas um “treino entre amigos” e “cada um andava no seu próprio ritmo”. “Bruno já corria, não foi nenhuma aventura ou novidade para ele. Em seu próprio Instagram consta que o mesmo corria desde 2018”, diz a nota.

A defesa diz, ainda, que a família de Bruno “insiste em vincular a perda do ente querido à imagem de Marçal, que inclusive estava dormindo e foi acordado para ser informado do ocorrido”.

 

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