Brasília Amapá |
Manaus

“Paternidade” de quatro patas só cresce, filhos peludos ganham mercado cada vez mais

Compartilhe

Brasil – Uma corrida para iniciar o dia, aulas de manhã com especialista, almoço em um buffet especial, à tarde uma passadinha na padaria e, à noite, um brinde com vinho, tudo acompanhado por nutricionista. Poderia ser a rotina de um dono de multinacional, mas quem tem vivido essa farra no Brasil hoje, acredite, são muitos gatos e cachorros de estimação.

O PIB brasileiro pode estar numa fase difícil, flertando com a recessão técnica, mas o segmento de pets está em pleno crescimento, com a projeção de movimentar R$ 36,2 bilhões em 2019, uma alta de 5,4% sobre 2018, segundo dados do Instituto Pet Brasil. Com esse resultado, somos o segundo maior mercado para pets do planeta, atrás apenas dos EUA. Quem não tem seu próprio bichinho, inclusive, finge que tem – o filtro que insere um cachorro dormindo nas fotos está viralizando no Instagram neste momento.

Mas será que há relação entre uma coisa e outra? “Seres humanos são afetados pelo ambiente em que vivem e mudanças sociais e econômicas afetam diretamente nosso comportamento”, afirma a psicóloga Laís Milani, que é membro da diretoria da área de Terapia Assistida por Animais do Inataa (Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais).

“Vejo que, no geral, as pessoas optam cada vez menos por ter filhos e pensam mais no peso dessa decisão. Sendo assim, ter um pet pode ser visto como uma alternativa para suprir a necessidade de afiliação dentro desta realidade socioeconômica”, argumenta. Segundo ela, enxergar o bicho como “filho” pode ser prejudicial para os animais, se implicar que eles não possam exercer comportamentos naturais de sua espécie

A estimativa de 2018 foi de que a população pet brasileira tinha aproximadamente 139,3 milhões de animais, crescimento de mais de 5% em relação a 2013, quando a última contagem foi feita. Os dados sobre o crescimento dos pets contrastam com números que mostram o envelhecimento da população de pessoas e a diminuição da taxa de fecundidade no país (passou de 2,54 filhos por mulher, em 1996, para 1,73 em 2016, abaixo da taxa de reposição)

Fonte: Uol.com 


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7