Candidatos terão metade do tempo de exposição no rádio e na TV
Os candidatos a prefeito terão neste ano metade do tempo de exposição no horário eleitoral fixo no rádio e na televisão, em comparação com a eleição de 2012. Em compensação, eles terão direito a mais inserções – peças de 15 ou 30 segundos que são exibidas ao longo da programação das emissoras. Com o alegado objetivo de cortar custos, mudanças na legislação eleitoral feitas no ano passado reduziram de 45 para 35 dias a duração da propaganda eleitoral no primeiro turno das eleições.
Além disso, o horário eleitoral fixo dos concorrentes a prefeituras foi cortado de 90 minutos por semana para 60. O tempo total do horário fixo vai cair de 19 horas e 30 minutos para 10 horas no decorrer de toda a campanha.
Já o número de inserções, no decorrer de toda a campanha, vai aumentar de 1.350 para 1.470 minutos. Isso sem contar o espaço dos vereadores, que pela primeira vez terão direito a inserções – 980 minutos distribuídos ao longo dos 35 dias.
A importância do horário eleitoral é maior para os candidatos novatos, que precisam de mais propaganda por serem pouco conhecidos. João Doria (PSDB), em São Paulo, e Pedro Paulo (PMDB), no Rio de Janeiro, montaram as maiores coligações em suas cidades para tentar contornar esse problema.
Doria, que nunca disputou cargos eletivos, uniu 12 partidos ao PSDB e obteve 31% do tempo de propaganda. Em termos proporcionais, é a maior fatia já obtida por um tucano na capital paulista em 20 anos. A seguir, no ranking dos maiores tempos, aparecem Fernando Haddad (PT), com 26%, e Marta Suplicy (PMDB), com 20%. Celso Russomanno (PRB), líder nas mais recentes pesquisas de intenção de voto, terá apenas 12% do tempo de propaganda no rádio e na TV.
Em cada bloco do horário eleitoral fixo, Doria terá uma cota de pouco mais de 3 minutos. O tucano disporá ainda de 26 inserções por dia, quatro a mais do que o petista Haddad, candidato à reeleição. As inserções são vistas por marqueteiros políticos como as armas mais poderosas de propaganda porque elas chegam de surpresa aos eleitores, misturadas à publicidade comercial em horários diversos.